Reajuste salarial foi pauta de mais de 48% das greves de 2007

De acordo com o Dieese, foram deflagrados 316 movimentos no período, a maioria deles (50,9%) na esfera pública

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – O reajuste salarial foi a reivindicação mais freqüente de todas as paralisações realizadas no ano passado.

A conclusão é do Balanço das Greves de 2007, elaborado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e divulgado nesta segunda-feira (30). Segundo os dados, das 316 greves deflagradas em 2007, 154 (48,7%) reivindicavam aumento salarial.

Na esfera pública, o reajuste de salário foi reivindicação de 66,5% dos movimentos, enquanto, na esfera privada, essa proporção caiu de modo significativo, para 29,5%.

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Além do reajuste salarial, Plano de Cargos e Salários ou de Carreira foi pauta de 26,3% (83) das paralisações ocorridas no ano.

Auxílio-alimentação (18,4%), contratações (13,9%), piso salarial (13,6%), participação nos lucros e resultados (13%) e descumprimento de acordo e lei (12,3%) também figuraram no ranking das reivindicações.

Condições de trabalho (11,7%), atraso salarial (10,8%) e isonomia salarial (10,1%) também foram pauta de paralisações.

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Raio-X do movimento no ano

Do total de 316 paralisações, 161 delas (50,9%) foram deflagradas na esfera pública, sendo que o funcionalismo público foi responsável por 140 movimentos, enquanto as Empresas Estatais lideraram 21.

Na esfera privada (149 paralisações), o setor da Indústria foi o que mais reivindicou, contabilizando 83 movimentos no período. Em seguida, vieram os setores de Serviços (62) e Rural (4). O Comércio não registrou nenhuma paralisação.

Além dessas, aconteceram seis movimentos que envolveram as duas esferas (pública e privada).

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Todos os movimentos, juntos, resultaram na paralisação de mais de 28,5 mil horas de trabalho.