Reajuste salarial é pauta de mais de 60% das greves do primeiro semestre

De acordo com o Dieese, foram deflagrados 193 movimentos no período. A maioria deles (58,6%) na esfera pública

Patricia Alves

Publicidade

SÃO PAULO – O reajuste salarial foi a reivindicação mais freqüente de todas as paralisações realizadas no primeiro semestre de 2006. Mesmo resultado apontado no levantamento sobre todo o ano de 2005.

A conclusão é do levantamento do Balanço das greves no primeiro semestre de 2006, elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos e divulgado nesta quinta-feira (23).

Segundo os dados, das 193* greves deflagradas em 2005, 116 (60,1%) reivindicavam aumento salarial.

Masterclass

O Poder da Renda Fixa Turbo

Aprenda na prática como aumentar o seu patrimônio com rentabilidade, simplicidade e segurança (e ainda ganhe 02 presentes do InfoMoney)

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Outros pedidos

Além do reajuste salarial, Plano de Cargos e Salários ou de Carreira foi pauta de 30,1% (58) das paralisações ocorridas no ano. Auxílio-alimentação (21,2%), cumprimento de acordo (13,5%), questões relativas às condições de trabalho (13%), contratações (12,4%) e reajuste do piso salarial (11,4%) também figuraram no ranking das reivindicações.

Assistência médica (10,4%), atraso de salário (7,8%) e isonomia salarial (7,8%) também foram pauta de paralisações.

Raio-X do movimento no semestre

Do total de 193 paralisações, 113 delas (58,6%) foram deflagradas na esfera pública, sendo que o funcionalismo público foi responsável por 103 movimentos, enquanto as Empresas Estatais lideraram 10.

Continua depois da publicidade

Na esfera privada (75 paralisações), o setor de Serviços foi o que mais reivindicou, contabilizando 43 movimentos no período. Em seguida, vieram os setores de Indústria (35) e Rural (1). O Comércio não registrou nenhuma paralisação.

Além dessas, houve um movimento que envolveu as duas esferas (pública e privada).

Em todos os movimentos, o resultado foi a paralisação por mais de 15 mil horas de trabalho.

Continua depois da publicidade

* A soma das greves pode ser superior ao total geral de greves, dado que uma mesma paralisação pode apresentar diversas reivindicações e distintas motivações