Quer treinar sua equipe de trabalho? Experimente uma banda de jazz

Músico Daniel Maudonnet propõe solução em treinamento através de ações que envolvem a música e a integração de equipes

Tércio Saccol

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SÃO PAULO – O que uma banda de jazz e um ambiente corporativo tem em comum? Para o músico e palestrante em corporações, Daniel Maudonnet, a união entre as duas questões é uma boa oportunidade de trazer lições sobre equipes, pessoas, organizações e desempenho dentro do ambiente de trabalho.

Ele é responsável por um projeto que leva a música como forma de integrar equipes e melhorar o desempenho dos profissionais, contribuindo com conceitos de improvisação e trabalho conjunto. “Somos um quarteto, com bateria, piano, saxofone e contrabaixo. Tocamos músicas e, a partir daí, mostramos como funciona, digamos, o ‘organograma’ da banda, onde a divisão de funções contribui para atender aos requisitos de ritmo, melodia e harmonia, e onde cada instrumento tem o seu papel de destaque para chegar no resultado ideal”, conta.

E é assim, fazendo relações entre os pequenos detalhes e funcionalidades do grupo com as próprias relações de trabalho e gestão dentro das organizações, que Daniel constrói sua apresentação. “Também mostramos que temos um planejamento para executar cada música, mas que cada apresentação implica em criatividade e risco, ou seja, temos um planejamento prévio, mas cada vez que tocamos temos a liberdade para criar em cima das músicas. Eu tenho que saber o que devo fazer, mas estar consciente de que o planejamento pode ser alterado a qualquer momento para dar o melhor rumo possível para a situação”, analisa.

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Sem repetir
Por isso, se você já acompanhou uma apresentação do grupo, provavelmente não vai se entediar ao repetir a experiência. “Cada apresentação, palestra, treinamento é uma nova experiência. Qualquer jazzista quer fazer melhor ou diferente do que fez a última vez, e nosso objetivo é criar um ambiente favorável para a criatividade, fazer com que a informação seja transmitida para o público de uma forma que, além de despertar sua atenção, incentive sua participação”, comenta Maudonnet.

E é justamente essa flexibilidade, e a possibilidade de que algo de diferente ocorra a qualquer momento, que é trazida como contribuição nos treinamentos. “Sempre existe um risco de que a situação não seja exatamente como nós esperamos, nesse caso você tem que saber driblar as surpresas, ter uma fluidez maior na comunicação e reverter o que seria um problema em uma solução”, defende o músico.

Os treinamentos ou palestras regadas ao jazz já ocorreram em diferentes segmentos de atividade, como bancos, associações comerciais, indústrias farmacêutica e automobilística. Nas palestras ou treinamentos, o público é convidado a interagir, cantar junto, participar do ritmo, tocar piano com Maudonnet, improvisar na cantoria, sugerir músicas e participar das discussões.

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Maior procura
Trabalhando com esta prática desde 2005, Maudonnet acredita que a ideia de um treinamento diferente é que está ajudando seu serviço inovador a ser demandado por cada vez mais empresas. “Eu acredito que as empresas dedicam muito tempo a treinamentos teóricos e isso não tem o mesmo impacto na assimilação de conhecimentos do que a transmissão de conhecimento através da arte, por exemplo. Sem falar da contribuição cultural que a empresa está dando ao funcionário, incentivando o rompimento de barreiras, a sociabilidade e a integração”, analisa o músico.

“Em um treinamento que fizemos em um banco, recentemente, fomos os últimos a falar em um dia inteiro de atividades. Um funcionário nos abordou para comentar que tínhamos resumido, sem o peso das palestras, os ensinamentos de todo o dia”, exalta Maudonnet.