Quer trabalhar e ao mesmo tempo viajar o mundo? Agora você pode

A opção de trabalhar enquanto viaja tem sido ainda mais viável com o aumento de trabalhos freelance

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Um dos maiores sonhos de muita gente que tem um emprego fixo e bate ponto no escritório é largar tudo e viajar o mundo. Explorar desertos, montanhas, cidades repletas de história e culinárias completamente exóticas.

O problema é que largar tudo significa perder a fonte de renda – e se manter em uma viagem sem dinheiro é bem complicado. Mas a possibilidade de exercer trabalhos remotos,  que permitem pessoas realizarem suas tarefas de qualquer lugar do mundo, tem animado os viajantes. De acordo com uma pesquisa realizada em 2010 pela empresa de software Intuit, 40% de toda a mão-de-obra dos Estados Unidos será formada por trabalhadores freelancers até 2020, o que não é uma novidade tendo em vista o desenvolvimento das tecnologias, a globalização e a flexibilização das leis trabalhistas.

Um dos obstáculos de viajar o mundo enquanto trabalha remotamente é a carência de Wi-Fi de qualidade, que interfere diretamente na produtividade e impede que o trabalho seja concluído no tempo estipulado.

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Pensando nisso, algumas empresas criaram programas para indivíduos que querem viajar, mas, ao mesmo tempo, não podem deixar o laptop de lado. Oferecendo hospedagem, transporte para cada destino, seguro viagem e grandes oportunidades de networking com pessoas de todo o globo, contam com espaços de co-working e ótima Wi-Fi para que os viajantes não se prejudiquem no trabalho. Muitas promovem, ainda, tours nas cidades visitadas, eventos, palestras e encontros entre os participantes para fortalecer laços e desenvolver as relações sociais.

É importante reforçar que essas empresas não estão oferecendo emprego, apenas permitindo que o contato entre indivíduos de um mesmo nicho profissional seja possível e mais, que os participantes possam conhecer o mundo sem ter que deixar o trabalho para trás. Confira algumas dessas empresas:

1 – The Remote Year

A empresa está entrando em sua segunda temporada completa de viagem. Setenta e cinco trabalhadores remotos visitarão 12 destinos diferentes, um em cada mês do ano. O itinerário é composto por lugares na Europa Central e Oriental, assim como por lugares da América Central e do Sul. No momento, a empresa está aceitando novos cadastros para o programa que começará em junho deste ano.

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O que está incluso: acomodação completa, transporte entre os destinos e um lugar de trabalho (co-working) disponível 24 horas, todos os dias da semana, em cada cidade. A The Remote Year também organiza tours pelas cidades, eventos especiais, palestras e outras atividades.

Custos: O programa, que tem duração de um ano (doze meses), oferece um custo total de US$ 27 mil. O pagamento consiste em uma entrada de US$ 5 mil, e de pagamentos mensais de US$ 2 mil (para os primeiros onze meses). Além disso, é cobrada uma taxa de inscrição de US$ 50,00.

2 – Terminal 3

O Terminal 3 começa em 1º de julho deste ano e oferece seis destinos em seis meses. Há, também, a possibilidade de viajar apenas três meses.

Partindo em julho, a empresa levará 30 participantes para visitar e trabalhar em Rabat, Marrocos. Em agosto, eles irão para Berlin (Alemanha); em setembro, Budapeste (Hungria); em Outubro, Seoul (Coréia do Sul); em novembro, Chiang Mai (Tailândia); e em dezembro, Bali (Indonésia). O programa já está aceitando inscrições.

O que está incluso: acomodação completa, locomoção entre os destinos, espaços de co-working em cada lugar, jantares duas vezes por semana com todos os participantes, aulas do idioma local e de yoga. O programa também participa de projetos sociais e conta com workshops e eventos para aumentar o contato entre todos os participantes.

Custos: É cobrada uma taxa de US$ 2.900,00 para garantir a vaga, além de US$ 1.750,00 mensais durante seis meses. Caso a opção seja pelo programa de três meses, o pagamento consistirá em uma entrada de US$ 2 mil, além da cobrança mensal de US$ 1.750,00.

3 – The Remote Experience

O programa começa em junho em Split, na Croácia. Serão quatro meses, quatro países e 30 freelancers. Em julho os viajantes vão para Turin, na Itália e em agosto, se dirigem para Barcelona. A viagem termina em setembro, na cidade de Praga. Para os interessados, o programa já está aceitando inscrições.

O que está incluso: acomodação completa, transporte entre os destinos, eventos mensais para aumentar o networking e expandir os contatos, e espaços de co-working em cada cidade com Wi-Fi estável. O programa também inclui seguro viagem, assim como, guias locais para cada destino.

Custo: O programa fica em um total de US$ 10 mil. O valor de entrada é US$ 3 mil e mensalmente é cobrada uma quantia de US$ 1.750,00.

4- Hacker Paradise

Assim como os outros programas, o Hacker Paradise é uma empresa que organiza viagens ao redor do mundo para desenvolvedores, designers e demais empresários que querem viajar enquanto trabalham remotamente e/ou estão investindo em projetos pessoais.

As viagens têm, normalmente, duração de três meses, mas há a possibilidade de viajar por no mínimo duas semanas.

O primeiro projeto da companhia aconteceu em 2014 na Costa Rica e desde então, conseguiu mais de 140 aderências ao programa. Os próximos destinos são Bali e Tailândia, Portugal, Tóquio, Barcelona e Costa Rica. Aos interessados, as inscrições para o próximo programa já podem ser feitas pelo site.

O que está incluso: acomodação completa, transporte para todos os destinos, eventos semanais de networking, churrascos, espaços de co-working e internet estável.

Custo: O preço varia de acordo com o destino e data de embarque. Consulte o site para mais informações.