Quanto custa estudar nas grandes cidades?

Estudar fora exige bastante dinheiro, mas não existe uma fórmula exata para calcular o montante a ser gasto todo mês pelo estudante

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Os resultados dos vestibulares começam a chegar e as chances de ter que mudar de cidade para completar os estudos são cada vez maiores.

Como muitas vezes as melhores escolas e universidades do País estão nos grandes centros urbanos, a maioria acaba tendo que morar em repúblicas, dividindo a casa com outros colegas, o que requer um grande sacrifício financeiro da família.

Os gastos não se limitam apenas ao pagamento dos estudos, como mensalidades e livros. Além de pagar as dispendiosas mensalidades, no caso das faculdades privadas, os pais são obrigados a arcar com os custos de moradia, alimentação, lazer e transporte do estudante.

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Para morar

Alugar um apartamento pode consumir boa parte dos gastos. Em geral, os estudantes acabam optando em morar em bairros bem localizados, com maior comodidade e fácil acesso aos principais meios de transporte e também às principais universidades. Por este motivo, é grande o número de jovens que moram em conhecidos bairros paulistanos como Bela Vista, Cerqueira César, Jardins, Higienópolis, Vila Mariana, Butantã, Pinheiros, Cidade Universitária, entre outros.

Segundo levantamento do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP), o preço do aluguel de um apartamento de um dormitório em um dos bairros mencionados acima varia entre R$ 395 e R$ 570, dependendo da localização, se em bairros mais nobres ou não.

Agora, se a intenção for dividir o lar com mais pessoas, o aluguel nestas mesmas regiões, mas para um apartamento de 2 quartos, fica entre R$ 580 e R$ 750. Mas não se esqueça do condomínio, que dificilmente fica por menos de R$ 200 ou R$ 300 nestas regiões.

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Temos ainda a conta de luz (R$ 60), telefone (R$ 150) e gás (R$ 60). Lembre-se também do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), cujo valor vai variar em linha com o valor venal do imóvel, mas no geral, as parcelas são de R$ 70 por mês (parcelamento em 10 vezes). Com exceção do IPTU, aluguel e condomínio, que são gastos fixos, os demais valores (luz, gás e telefone) tendem a oscilar proporcionalmente ao número de moradores no imóvel.

Gastos com alimentação

Já foi a época daquele almoço pronto, da mesma forma do jantar posto à mesa. Agora é preciso se virar, cozinhar sozinho ou sair para comer. Não se esqueça da geladeira, que deve conter coisas básicas. Em geral, uma pessoa que come uma vez por dia em casa, tem um gasto de R$ 250 por mês com as compras no supermercado.

Este valor tende a diminuir se você raramente come em casa, mas as despesas com restaurante em contrapartida aumentam. Ainda que seja mais econômico comprar comida e preparar em casa, dificilmente o estudante tem tempo livre para isto. Como, à esta altura, já deve estar com um estágio engatilhado, a hora do almoço praticamente deixa de existir. E almoçar fora todos os dias não fica por menos de R$ 200 no fim do mês, quantia que pode ser diminuída se você optar com locais mais populares, como os famosos “bandeijões” das universidades, se houver a disponibilidade.

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Lazer

Não é apenas de casa e comida que vivem os estudantes. Eles também saem à noite, vão ao cinema, teatro e exposições, enfim, acabam gastando para se divertir. Quando a família mora em cidades próximas, este costuma ser o destino nos finais de semana, mas mesmo assim o gasto existe: com a passagem de ida e volta.

Mas ser estudante possui uma vantagem: pagar meia-entrada, o que representa uma grande economia no fim do mês. Para quem vai ao cinema quatro vezes ao mês, ao invés de gastar R$ 56, as despesas caem para R$ 28, o que é relativamente pouco no orçamento do estudante.

Os gastos com lazer variam muito, o que dificulta o cálculo. Ir a uma casa de show pode custar algo em torno de R$ 30 para o estudante, se considerada uma localização razoável na casa, cuja entrada inteira fica por volta de R$ 60. Já as idas a um barzinho ou às verdadeiras baladas, o gasto parte de R$ 20 ou R$ 30 até onde a extravagância de algumas pessoas permitir.

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Transporte

Normalmente os gastos com transporte não são muito elevados, já que o estudante pode utilizar o transporte coletivo pela metade do preço. O problema maior é quando ele possui um carro, o que significa gastos com combustível, imposto, seguro, manutenção e estacionamento.

Para quem possui um carro do tipo popular, e roda cerca de 30 quilômetros por dia, o custo médio mensal com o combustível fica em torno de R$ 200. Isto sem contar o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor), que, em São Paulo, equivale a 4% do valor de mercado do carro; e o seguro, que nesta faixa etária é sempre mais caro pelo maior risco apresentado. Lembre-se também do licenciamento, seguro obrigatório (que vai ficar 43% mais caro em janeiro), um pneu furado aqui, outra colisão de leve ali…

Uma boa dica é morar próximo à universidade, o que possibilita ao estudante ir a pé para as aulas. Normalmente os preços dos aluguéis não costumam ser os mais altos, mesmo que a procura seja relativamente grande. Por outro lado, muitas vezes estes locais são isolados dos locais de diversão e não oferecem muitos serviços, gerando assim certo desestímulo. Quando todas estas facilidades estão reunidas, então tenha a certeza de que o preço do aluguel será maior.

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Estudar fora exigirá bastante dinheiro, mas não existe uma fórmula exata para calcular o montante que será gasto todo mês pelo estudante. De qualquer forma, a família deve elaborar uma planilha de custos de acordo com seu orçamento. Sempre que possível, deve-se tentar cortar gastos, de forma a equilibrar as despesas coerentes com a realidade financeira de todos!