Quando o líder pode usar a emoção?

Para psicólogo, líder que age de forma racional estará fadado ao fracasso, porque razão e emoção precisam ser utilizadas com equilíbrio

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Conciliar o uso da razão e da emoção sempre é bastante difícil tanto na vida pessoal quanto profissional. Mas, para o líder, quanto de razão ou de emoção ele deve utilizar na suas decisões? O que é uma gestão racional e uma liderança emotiva?

De acordo com o psicólogo e consultor sênior da Support Assessoria Empresarial, Gilberto Moraes, cada vez mais questiona-se a necessidade de um espaço emocional na empresa, sobretudo no caso daqueles que exercem um papel de liderança.

” Vivemos uma época na qual as empresas precisam de muita criatividade e inovação. Essas são as tarefas às quais os líderes geralmente se dedicam mais, para que possam responder e sobreviver às mudanças. Como se sabe, criatividade e inovação não pertencem totalmente à esfera da mente racional, por isso a razão e a emoção precisam ser utilizados com equilíbrio”.

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Liderança Racional x Emocional

Segundo o psicólogo, a liderança racional é aquela em que o comportamento dos líderes baseia-se mais no controle da operação em curso, nas metas e no planejamento, e menos na compreensão das necessidades das pessoas.

“Na verdade, creio que, na maioria das vezes, razão e emoção sempre estarão envolvidas seja qual for a tarefa. Imagine, por exemplo, uma situação de negociação ou a resolução de um conflito na empresa. Quanto de razão e quanto de emoção são necessários para resolver o problema de maneira eficaz? Caso, o líder haja de maneira exclusivamente racional certamente estará fadado ao fracasso”.

Por isso, Moraes ressalta que as pessoas precisam compreender que a emoção não existe para ser evitada, mas sim como um recurso a mais a ser gerenciado.

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Programas de gestão

Muitas empresas costumam reunir seus líderes em um hotel para falar sobre as metas e como esses deveriam agir para cumprir aquilo que a organização deseja.

Porém, na opinião de Moraes, quando esses líderes retornam para a empresa, grande parte do conteúdo discutido é perdido e ninguém fala sobre o assunto.

“Isso ocorre porque boa parte desses programas não consideram as necessidades individuais de quem participa”.

Como conciliar razão e emoção?

Moraes acredita que a melhor forma de conciliar a razão e a emoção para um líder
é se conhecendo, bem como compreendendo as necessidades de seus colaboradores.

“O primeiro passo é conhecer você mesmo. Depois, tente também compreender as pessoas, com as quais você, líder, trabalha, desenvolvendo a empatia e a humildade. O resto deve acontecer naturalmente”.