Quando o filho começa a gerar renda, como organizar as finanças da família?

Se os pais precisam, o indicado é ajudar; caso contrário, é preciso mostrar o lado bom do trabalho e o uso consciente do dinheiro!

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Os jovens brasileiros demoram cada vez mais para sair da casa dos pais. Mas, ao mesmo tempo, eles ingressam no mercado de trabalho e começam a ganhar o próprio dinheiro, situação inusitada para muitas famílias. Como organizar as finanças a partir dessa nova realidade?

De acordo com o consultor e professor de Finanças da FIAP, Marcos Crivelaro, tudo isso vai depender da condição financeira da família. “Quando precisa de dinheiro, existe até uma contagem regressiva para o filho entrar no mercado de trabalho”.

O educador financeiro Álvaro Modernell concorda: “A hora que a família precisa, todo mundo tem de ajudar”.

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E se não precisa?
Porém, existem casos em que o dinheiro do jovem não é necessário para o sustento da família e, então, o que deve ser feito?

Em primeiro lugar, Modernell afirmou que os pais devem ajudar neste momento de transição da vida do filho, deixando que ele veja o lado bom do trabalho – que é poder ter um salário para fazer o que deseja -, mas promovendo a educação financeira. “O trabalho não deve ser visto como um castigo, para que o jovem tenha prazer em ter dinheiro disponível”.

Aos poucos, os pais devem deixar com que os filhos tenham responsabilidade por suas despesas, como roupas novas, conta do celular, entre outras. Mas de forma a não prejudicar os estudos e que os jovens possam investir em capacitação. “O jovem não pode deixar de estudar ou aceitar um emprego só pelo salário. Se a família pode bancar para que ele realize seu sonho, que continue”.

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Educação financeira
É difícil controlar os impulsos assim que se recebe o primeiro salário. Pelo menos a quem não tem tantas obrigações financeiras, é comum comprar aquilo que deseja. Entretanto, de acordo com os entrevistados, é neste momento que os pais e os filhos devem se atentar a alguns conceitos de educação financeira, para não cair em armadilhas nem ficar no vermelho:

  1. Não use crédito para consumo: logo quando recebe o primeiro salário, o jovem já terá a sua disposição o crédito, mas é preciso analisar que o emprego pode não durar para sempre!
  2. Crie uma reserva de emergência: planeje guardar uma quantidade desde o primeiro salário que receber, garantia de tranquilidade financeira no futuro.
  3. Valorize o próprio dinheiro: pesquise antes de fazer uma compra e faça as escolhas que realmente valham a pena.
  4. Comece a pensar em investir: que sejam R$ 20 ou R$ 30 por mês, quantia que pode fazer a diferença lá na frente.