Quando mudar de emprego é a melhor saída

Especialista explica que o profissional tem que tentar, antes de mais nada, reconhecimento na organização

Viviam Klanfer Nunes

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SÃO PAULO – Foi-se o tempo em que os profissionais não tinham muitas opções e acabavam ficando 10, 20, 30 anos na mesma empresa. Com o crescimento da economia, o desenvolvimento dos setores e a expansão do crédito, o mercado de trabalho se transformou, trazendo muito mais oportunidades para os trabalhadores. 

Para aqueles que estão empregados, mas não se sentem reconhecidos pela organização, a solução é sair em busca de novas posições. Mas como fazer isso sem que a empresa perceba? E, mais do que isso, será que essa é a atitude mais ética? 

A consultora de gestão de carreira e imagem, Waleska Farias, sugere que, antes de mais nada, o profissional se certifique de que a empresa realmente não oferece o que ele deseja. “A primeira coisa a fazer é tentar todas as possibilidades de ser promovido e ter algum tipo de incentivo que ajude você a se desenvolver e crescer na empresa”, diz Waleska. 

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O que você quer?
Ou seja, tenha claro o que você quer e veja se a empresa não pode te oferecer. Na prática, entenda o que está te motivando a buscar uma nova posição. Você quer mais reconhecimento via promoção ou aumento de salário? Quer mais desafios? Sente falta de um tutor? 

Definido o que você quer, o segundo passo é comunicar o chefe. Em uma conversa clara e objetiva, explique-se. Por exemplo, diga que já está na empresa há anos e que não se sente reconhecido. Ou que sente necessidade de novos desafios, e assim por diante. “É importante falar com o chefe antes de procurar outra posição. Nem sempre o líder sabe o que está acontecendo”, diz Waleska. 

Pois bem. Após sinalizar o que você quer, é hora de avaliar a contrapartida. Se a empresa não se manifestar e não atender suas demandas, é hora de partir para o mercado. Lembre-se que muitas vezes os profissionais realmente merecem promoções ou mesmo aumento salarial, mas as empresas simplesmente não têm recursos suficientes ou posições abertas para atender tais demandas. O que fatalmente fará com que o trabalhador pense em mudar de companhia.

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Contar ou não contar para o chefe
Quando estiver buscando outra posição, entretanto, surge a seguinte dúvida: contar ou não para o chefe. Nessa questão, há dois elementos a serem observados: a relação que você tem o chefe e a forma como vai comunicar essa decisão. Segundo Waleska, se você tiver uma relação próxima com o superior e, ainda, ele ter mostrado que entende sua posição, mas que não pode fazer nada, vale a pena contar. 

Caso o líder não mostre preocupação em relação as suas demandas, a escolha é sua – de contar ou não -. Além disso, observe como vai abordar esse assunto. “Tem formas e formas de comunicar; Agir de forma mais sutil, nesse caso, pode ajudar”. Na prática, ao invés de dizer que está procurando emprego, diga que ‘pretende sondar o mercado’, por exemplo. Assim, caso uma oportunidade surja, ninguém poderá afirmar que é uma grande surpresa. 

É importante, ainda, respeitar contratos. Muitas empresas ajudam – financeiramente – os profissionais a cursarem um MBA, por exemplo. Mas, mesmo que indiretamente, pedem que ele fique por determinado tempo na empresa. Sim. Você não é obrigado a ficar, mas é ético manter sua palavra. Se você se comprometeu a ficar, fique. 

Mesmo porque, por mais que você acredite que não precisa da empresa nesse momento, nunca se sabe o que vai acontecer no futuro. Manchar sua credibilidade sempre é um erro.