Proximidade do Natal tem contribuído para aumento do emprego no varejo

Entretanto, salários mostram tendência de queda, o que pode ser atribuído à rotatividade dos segmentos

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Conforme o Natal, a principal data comemorativa para o varejo, se aproxima, aumenta o nível de emprego na região metropolitana de São Paulo. Em setembro, de acordo com análise da Fecomercio-SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), o saldo de vagas foi de 3.604, uma vez que 38.383 profissionais foram admitidos e 34.779, demitidos.

O dado reflete o otimismo dos empresários do varejo para as vendas de Natal, o que se deve à queda da taxa de juros ao consumidor e à recuperação da confiança das famílias, que pretendem consumir mais no segundo semestre. Outro fator que pode ter contribuído é a perspectiva de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).

Setores

As maiores taxas de admissão se deram nos setores de Vestuário, Tecidos e Calçados, com 5,5%, Farmácias e Perfumarias (4,7%), Supermercados (Alimentos) e Materiais de Construção (4,8%). As três atividades têm uma taxa de rotatividade muito forte e, da mesma forma que admitiram, também tiveram as maiores taxas de demissão: 5,4%, 4,1% e 4,3%, respectivamente.

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No geral, o setor varejista de São Paulo registrou uma rotatividade de 4,3% em setembro. Mas a Fecomercio-SP garante que a pequena elevação das demissões em setembro não pode ser encarada como uma tendência de alta.

Com relação aos salários, os ganhos médios nominais do comércio varejista em setembro ficaram em R$ 1.255. Os maiores salários foram registrados nas Lojas de Departamentos (R$ 2.221), Lojas de Eletrodomésticos e Eletroeletrônicos (R$ 1.714) e Concessionárias de Veículos (R$ 1.645). Os menores salários, por sua vez, foram observados no Supermercados (R$ 1,6 mil) e Materiais de Construção (R$ 1.113).

Aqui, observa-se uma tendência de queda, o que pode ser atribuído à rotatividade dos segmentos, em que um empregado novo é contratado com salário ligeiramente menor ao anterior, favorecendo a trajetória decrescente do indicador.

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Consumo das famílias

“A mola propulsora do crescimento [do nível de emprego no varejo] ainda continuará sendo o consumo das famílias”, explica o estatístico da Fecomercio, Flávio Leite.

Para a entidade, outro fator importante para o termômetro do consumo é o fato de não se observar uma elevação dos atrasos em pagamentos de contas, garantindo um ambiente estável para o setor de crédito. A inadimplência recuou de 8,1% em agosto deste ano para 5,2% em outubro, no município de São Paulo.