Proteste sugere que seja estabelecido um piso para as consultas médicas

Associação recomenda que seja considerada como infração grave que os médicos aceitarem valores abaixo do piso estabelecido

Viviam Klanfer Nunes

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SÃO PAULO – Em meio a conflitos entre médicos e operadores de planos de saúde, que vêm motivando paralisações nos atendimentos aos pacientes, a Proteste – Associação de Consumidores propõe medidas para resolver o impasse. A definição de um piso para as consultas é uma das sugestões.

A Proteste entende que a situação vem se agravando por conta dos baixos valores pagos aos médicos pelas consultas realizadas, com valores que variam de R$ 25 a R$ 40. A solução seria que as associações, conselhos e federações que congregam os médicos se unissem para estabelecer um piso.

Concorrência
O valor estabelecido deverá ser respeitado tanto pelas operadoras de planos de saúde quanto pelos profissionais de medicina. Essa prática também seria eficiente no sentido de acabar com a concorrência entre as próprias operadoras.

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Sem um piso estabelecido é possível que as empresas de planos de saúde possam sub-remunerar os médicos configurando assim uma concorrência desleal e prejudicando, portanto, todo o sistema de saúde.

Assim, a Proteste recomenda que seja considerada também como infração grave os médicos aceitarem valores abaixo do piso estabelecido.

Carta aberta
As recomendações da Proteste para melhorar a situação do setor de saúde têm como objetivo principal evitar que mais consumidores sejam prejudicados. Nesse impasse entre médicos e operadoras, as maiores vítimas acabam sendo os usuários de planos de saúde, já que podem ficam sem assistência no momento em que mais precisam.

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O documento já foi encaminhado aos ministérios da Saúde e o da Justiça, à ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e aos Senado e Câmara Federal.

Paralisação
O posicionamento da Proteste ocorre em meio à recente decisão dos médicos em iniciar paralisações nos atendimentos. Os profissionais vão deixar de atender dez planos de saúde no estado de São Paulo.

A paralisação acontecerá por tempo indeterminado e afetará apenas uma especialidade médica por vez, através de um sistema de rodízio. Cada uma das 53 especialidades, uma de cada vez, deixará de atender seus pacientes.