Projeto eleva seguro-desemprego para dez parcelas

Aumento do tempo de desemprego torna necessário prolongar o pagamento do benefício por até dez meses

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Que emprego está muito difícil de se conseguir, isto ninguém tem dúvida. Com a atual crise do mercado de trabalho, fica cada vez mais evidente a necessidade de se transmitir maior segurança ao trabalhador que eventualmente venha a perder o seu emprego.

Em um cenário de maior incerteza no mercado de trabalho, o seguro-desemprego, benefício pago de três a cinco meses ao segurado empregado, é umas das principais fontes de renda dos trabalhadores desempregados. Isto por que, ao perder o emprego o trabalhador tem garantida uma renda que varia entre R$ 200 e R$ 374,20. Embora pareça um valor baixo, o benefício é imprescindível ao sustento de muitas famílias até que este trabalhador consiga um novo emprego.

CUT quer aumento das parcelas

Acontece que o tempo de desemprego das pessoas atualmente está na faixa de um ano nas regiões metropolitanas, o que eleva a necessidade de se aumentar o número de parcelas do benefício. Neste sentido, as centrais sindicais, juntamente com o governo estão discutindo a possibilidade de se dobrar o número de parcelas pagas ao trabalhador, isto é, quem ficasse desempregado teria a garantia de receber até dez parcelas do seguro-desemprego.

O projeto, apresentado pela CUT ao Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), deverá ser votado no próximo mês, contudo não prevê mudanças no valor das parcelas do benefício, mas somente na extensão do período de pagamento do benefício.

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Proteção aos trabalhadores sem registro

Por outro lado, o secretário de Trabalho da Prefeitura de São Paulo, Marcio Pochmann, acredita que o problema do seguro-desemprego não resolveria a crise atual. Para Pochmann a proposta da CUT seja de grande ajuda para a população, mas somente políticas duradouras de combate ao desemprego resolveriam a situação.

No início do mês o secretário sugeriu mudanças nas regras do seguro-desemprego, que só protege os trabalhadores com carteira assinada. Pochmann afirma que o desemprego atinge todas as classes de trabalhadores e, portanto, deveria ser pago também aos trabalhadores que não possuem vínculo empregatício. Para saber mais sobre o funcionamento deste benefício, clique aqui.