Projeto de vida no pós-carreira atrai empresas e profissionais

Quanto mais cedo organizar as finanças pessoais e estudar a aposentadoria, mais chances de sucesso o executivo terá

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SÃO PAULO – A hora do desligamento de um executivo pode se tornar um momento delicado após anos de serviços prestados a uma empresa. Por razões emocionais e financeiras, o profissional encontrará um caminho obscuro se não planejar com antecedência a vida no pós-carreira.

“O que vemos com frequência são pessoas que não se prepararam para este momento [aposentadoria]. A falta de um planejamento financeiro ou a mudança drástica na vida do profissional podem desestabilizá-lo”, afirma a diretora da Career Center, Karin Parodi.

Planejar a vida como um todo é o segredo. Quanto mais cedo trabalhar na organização das finanças pessoais e estudar as possibilidades com no mínimo dois anos antes de se aposentar, explica Karin, mais chances de sucesso o executivo terá.

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A diretora também chama a atenção para pessoas que possuem um padrão financeiro de vida instável, que não querem pensar no assunto ou que temem perder o status alcançado durante a carreira profissional.

Ajuda de um consultor
Na avaliação da diretora, o executivo deve ter em mente algumas metas a serem seguidas no caminho que antecede a aposentadoria. Ao realizar uma análise do seu perfil e identificar o que é o melhor para a vida no momento, ele desenhará seu projeto de vida.

O projeto será refletido no trabalho de um possível consultor a ser contatado, que conduzirá os planos de pós-carreira do executivo. Serão trabalhados pelo profissional especializado os aspectos físicos, emocionais, financeiros de novas atividades profissionais ou outras atividades que tragam satisfação ao aposentado.

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“A partir daí entramos em uma nova esfera. O executivo já obteve, por meio do consultor, o caminho a ser seguido daqui para frente. É nesse momento que a teoria se tornará prática”, afirma Karin.

O mundo pós-carreira
Dos programas de preparação após a vida corporativa iniciados em 2007 pela Career Center, 25% foram para negócio próprio e, dos programas iniciados em 2008, 40% seguiram o mesmo caminho.

É neste contexto que a maioria dos ex-executivos se encaixa: andar pelas próprias pernas e montar um novo negócio. “ Muitos não querem abandonar o trabalho intelectual, por isso, escolhem ser consultores, professores e até escritores”, diz Karin.

Tudo, é claro, depende da questão financeira. Uma outra fatia de profissionais também opta por viver do plano de previdência social sem se atear a novos desafios.

Empresa: a melhor amiga do executivo
Dados levantados pela Career Center entre seus clientes apontam que, dos programas fechados com as empresas, 75% trabalham com previsão de aposentadoria/saída da organização aos 60 anos.

“É importante que a saída do executivo ou profissional ocorra sem traumas tanto para ele como para a própria empresa, pois há o conhecimento tácito e explícito que será levado nessa transição”, afirma Karin.

Segundo constatação da consultoria, o que se vê atualmente é um processo de pós-carreira tanto para níveis presidenciais quanto para funcionais, como um operário. 

“O objetivo das organizações é amenizar os impactos deste processo, além de manter uma imagem institucional para quem fica e para quem sai. Tudo faz parte de um processo sucessório”, finaliza.