Profissionais pensam em mudar de emprego nos próximos 12 meses

Pesquisa revela que apenas 20,22% dos trabalhadores definem como pouco provável a procura por uma nova colocação

Waldeli Azevedo

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SÃO PAULO – As empresas precisam ficar atentas à missão de reter seus talentos. Isso porque os funcionários, tanto de cargos operacionais quanto estratégicos, têm considerado muito mais a alternativa de abandonarem o emprego atual por uma oportunidade melhor em outra empresa, do que a hipótese de serem demitidos.

A informação faz parte da pesquisa “A Contratação, a Demissão e a Carreira do Executivo Brasileiro 2005”, realizada pelo Grupo Catho, que ouviu 31 mil profissionais e foi realizada entre os meses de maio e julho deste ano.

Maioria pretende mudar de emprego

De acordo com o estudo, quando questionados se pensam em procurar emprego nos próximos doze meses, enquanto apenas 20,22% definiram a hipótese como pouco provável, 35,16% consideraram existir alguma possibilidade, enquanto outros 44,63% definiram a alternativa como altamente provável!

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Outro ponto interessante da pesquisa é que a vontade de buscar novos desafios é bem maior do que o medo de ser demitido: questionados sobre a possibilidade de serem desligados da empresa nos próximos doze meses, apenas 3,50% dos entrevistados consideraram esta hipótese como altamente provável. Outros 25,28% definiram existir alguma possibilidade, enquanto a grande maioria, 71,22%, acredita que este caminho é pouco provável.

Quanto menor o salário, maior a chance de mudar

A pesquisa, a título de comparação, procurou analisar a opinião de profissionais dos diferentes níveis de hierarquia. Por meio deste estudo, ficou comprovado que as chances de se mudar de emprego são ainda maiores para os ocupantes de cargos operacionais e administrativos, com salários, em média, de R$ 2 mil.

Neste caso, 62% dos profissionais definiram como altamente provável a alternativa de procurarem um novo emprego nos próximos doze meses, enquanto 26,54% definiram que existe alguma possibilidade disto ocorrer. Apenas 10,96% dos funcionários pesquisados assumiram esta hipótese como pouco provável.

Já entre os executivos, a opinião é bem dividida: analisando-se as respostas de diretores de empresas, por exemplo, 25,15% definiram a alternativa de mudar de emprego como altamente provável, 39,04% com alguma possibilidade e 35,80% como pouco provável.

Empresas que se cuidem

De acordo com o sr. Thomas Case, coordenador da pesquisa, as empresas devem cuidar de seus planos de remuneração, para que eles sejam compatíveis com o mercado, evitando assim a perda de um grande número de funcionários.

O especialista sugere ainda a aplicação freqüente de pesquisas de Cultura e Clima Organizacional, para procurar identificar focos de descontentamento dentro da organização.

Ainda para as empresas, outro alerta: a maior procura pelos sites de emprego ocorre na hora do almoço, o que confirma que os funcionários podem procurar novos caminhos utilizando recursos do emprego atual!