Profissionais dizem que piorou o ambiente de trabalho desde início da crise

Eles consideraram insuficiente a forma como empresas têm zelado pela transparência das ações, diz pesquisa da DBM

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A maioria dos profissionais acredita que a crise mundial da economia influenciou o clima organizacional da empresa na qual trabalha. Para 39%, o ambiente de trabalho piorou, por conta dos ajustes que foram feitos para enfrentar a turbulência. Os resultados integram pesquisa da consultoria DBM.

Já 24% acreditam que, apesar de a companhia na qual atuam não ter promovido mudanças drásticas, o clima piorou como em todo ambiente de negócios no Brasil.

Por outro lado, 21,7% afirmaram que a crise praticamente não afetou a empresa na qual atuam e, consequentemente, não houve alteração no clima organizacional. Por fim, na opinião de somente 11,3%, mesmo com os cortes, a empresa soube manter o clima interno.

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Quanto à comunicação interna, 29,6% dos pesquisados consideraram insuficiente a forma como se tem zelado pela transparência das ações, para que não haja ruídos em torno de possíveis demissões. Por sua vez, a maioria dos entrevistados considerou regular a comunicação, enquanto 20,9% julgaram como eficiente.

Estímulo ao crescimento individual

Para grande parte dos entrevistados, as empresas nas quais atuam não estimulam o crescimento individual dos funcionários de forma correta mediante a crise. Para 84,4%, os esforços da empresa em torno deste tema são irregulares ou insuficientes.

No quesito remuneração, 79 executivos (68,7% do total) consideraram como regular o grau de competitividade de seus salários, enquanto que 21,7% apontaram como ineficiente a manutenção de seus salários frente ao que pagam os concorrentes. No que se refere à compensação pelos esforços, a maior parte considera o esforço da companhia “regular” ou “ineficiente”.

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O esforço das empresas

A pesquisa também englobou os esforços das empresas para manter o clima organizacional. A maioria dos executivos (44,3%) avalia como corretos os procedimentos colocados em prática, 23,5% consideram “insuficientes” e 28,7%, “regulares”. Apenas quatro executivos (3,5%) consideram como elevados os esforços em torno da manutenção de um bom relacionamento interno.

A maioria dos entrevistados diz que diretores e até o presidente não têm transmitido entusiasmo e motivação para os seus subordinados de uma forma eficaz, a fim de colaborar para um bom clima interno.

Para se ter uma ideia, 48,7% consideram regular o esforço de seus superiores em prol do bom ambiente de trabalho, enquanto 27,8% julgaram-no ineficiente. Apenas 27 dos executivos avaliaram como além das expectativas o trabalho de seus dirigentes.

Dos 115 entrevistados, 60 apontaram como “regular” o preparo de seus líderes em tomar decisões rápidas segundo as necessidades dos funcionários, o que indica que o clima será bem gerido. Já 32,2% julgaram este preparo como ineficiente, enquanto apenas 15,7% apontaram como além das expectativas.

Sobre a pesquisa

O levantamento contou com a participação de 115 executivos e foi realizado ao longo de abril deste ano, em companhias de pequeno, médio e grande portes, de capital nacional ou multinacional em operação no Brasil. A pesquisa contempla, na sua maioria, executivos de gerência, diretoria, chefia intermediária até CEOs.