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SÃO PAULO – Na vida profissional, você se depara a todo o momento com a língua portuguesa, seja para montar um simples currículo ou para elaborar um relatório para o seu chefe. É por isso que deve estar ciente das mudanças ortográfica. E uma delas ocorrerá em breve.
Isso porque, para que as 220 milhões de pessoas que falam o português no mundo se compreendam, foi criado o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que busca unificar o registro escrito nos oito países do idioma: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Brasil e Portugal.
O Congresso brasileiro aprovou o acordo em 2001, depois de cerca de dez anos de discussões. O último país a aprová-lo foi São Tomé e Príncipe, em dezembro de 2006. A previsão é de que o acordo comece a valer em 2009 e que, até 2011, todos os livros brasileiros estejam adaptados às novas regras.
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Novas regras
Os profissionais brasileiros também devem estar atentos às mudanças, uma vez que estão em contato direto com a língua diariamente. “No caso do Brasil, é conveniente adotarmos um prazo que inclua dois anos para adaptação às mudanças”, afirmou o assessor especial do Ministério da Educação, Carlos Alberto Xavier.
Segundo o principal negociador brasileiro do acordo, Antônio Houaiss (1915-1999), será possível resolver até 98% das diferenças ortográficas do idioma entre os países. Entretanto, como a língua é dinâmica, não haverá uniformização, o que significa que haverá casos de dupla grafia, a exemplo do nome Antônio, que poderá ser escrito com acento circunflexo e agudo. No total, serão 20 alterações. Veja algumas delas abaixo:
- O fim da trema, presente hoje em palavras como lingüiça;
- Novas regras para o emprego do hífen;
- A inclusão de letras como o w, k e y no idioma;
- Alterações em acentos, como as palavras assembléia e idéia, que perdem o agudo.