Profissionais da geração Y: os herdeiros da geração X

Safra dos X reúne executivos pragmáticos, cujas ações são orientadas pelo senso de oportunidade, explica Fátima Rosseto, da DBM

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Tanto se fala da geração Y que as demais foram até um pouco esquecidas. Mas, para a leadership development director da DBM Brasil, Fátima Rosseto, as empresas, de tão preocupadas com a atração e retenção dos talentos dessa faixa etária, deixaram de fazer uma pergunta pertinente: temos, no País, um contingente significativo de profissionais da geração Y?

Para ela, a resposta é não. “Basta olharmos para as diversas regiões do Brasil que, mergulhadas recentemente num cenário de estabilidade e desenvolvimento, começaram a produzir agora os primeiro representantes de uma geração anterior, a X”.

A especialista explica que a safra dos X reúne executivos pragmáticos, cujas ações são orientadas pelo senso de oportunidade. São ágeis no aprendizado e bons empregados. Eles têm por objetivo construir uma carreira sólida, o que, muitas vezes, acontecerá numa só empresa que lhes dará diversas oportunidades.

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Como nasceram os jovens talentos

Fátima explica a origem da geração Y lembrando que esta nasceu e cresceu vendo a geração X – seus pais – dedicar pouco tempo a assuntos não-corporativos e acumular riqueza para financiar a estabilidade da família. Em resumo, é possível dizer que boa parte da relação dos X com trabalho e dinheiro moldou a postura dos profissionais da geração Y, reconhecidamente ambiciosos.

“O que observamos cada vez mais em nossos jovens talentos é que eles se apropriam do que realmente faz sentido para sua trajetória profissional. Se, antes, os modelos, adequados ou inadequados, ditavam o comportamento de muitos desses jovens, hoje, eles olham para seus interesses e características e, cada vez mais cedo, buscam alinhar suas expectativas pessoais às profissionais”.

“Isso é sinal de maturidade, uma vez que muitos profissionais só se dão conta que podem fazer escolhas em uma fase posterior”, analisa Fátima.

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Geração XY

Ao perceber que, como um País recentemente inserido no quadro de maior desenvolvimento, o Brasil conta mais com profissionais da geração X do que da Y, muitas empresas pautaram seu crescimento em estratégias que gerem oportunidades para esses profissionais. Foi uma escolha sábia, de acordo com Fátima.

“São companhias que oferecem aos seus funcionários desafios locais e internacionais, sabendo o que é mais importante a este público, e sem renegar os jovens da Y, com o qual eventualmente contam. Enfim, são empresas que estão formatando um modelo de gestão baseado na população brasileira e em suas características específicas. Sem X ou Y, somos XY”.