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SÃO PAULO – Em tempos de crise, o número de demissões nas empresas tende a aumentar. Porém, além dos direitos legais, muitas empresas passaram a oferecer outros benefícios como forma de indenização. Uma pesquisa revela que os profissionais do setor científico e de serviços de saúde, tanto os altos executivos quanto os funcionários com nível hierárquico menor, são os que recebem o maior número de indenizações.
Os valores de indenização em caso de demissão são variáveis, porém o pagamento desses benefícios são feitos em uma única vez. Os altos executivos do setor científico e de serviços de saúde, por exemplo, recebem o maior valor de indenização por ano de serviço tanto nos casos de demissões voluntárias (o valor corresponde a 3,78 semanas por ano) quanto para demissões propostas pela empresa (3,82 semanas por ano).
Os executivos do setor financeiro e securitário, por sua vez, recebem 3,61 semanas por ano, para as demissões de forma voluntária, e 3,32 semanas por ano, nos casos das demissões propostas pelas empresas.
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Já os profissionais do setor de atendimento à saúde e assistência social recebem, respectivamente, 3,42 e 3,54 semanas por ano de indenização. Os trabalhadores do setor manufatureiro ganham indenizações correspondentes a 3,22 semanas de trabalho por ano para demissões voluntárias e 3,28 semanas por ano, quando a empresa opta pelo desligamento.
Por que oferecer indenizações?
De acordo com o vice-presidente da Right Management para as Américas, George Herrmann, o mercado mundial está passando por um momento de transformações rápidas, no qual as empresas dos setores abordados pela pesquisa convivem com uma pressão diária, para ser mais eficiente do que a concorrência.
“O resultado foi a reestruturação, downsizing (diminuição dos níveis hierárquicos) e cortes. E quando essas inciativas são implementadas, os funcionários demitidos precisam ser apoiados por práticas de indenização por demissão que estejam alinhadas com as normas da indústria e com o senso de responsabilidade e os valores corporativos da empresa”, explica Herrmann.
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Legislação
No que se refere à forma de indenizações no caso de demissões, a maioria das empresas combina as políticas da empresa com a legislação trabalhista local/nacional sobre o assunto. Entre as empresas do setor científico e serviços de saúde, 70% disseram que aderem a essa prática. No caso das empresas do setor financeiro e securitário, o percentual é de 66%.
Além disso, foi constatado que, segundo a legislação na qual se enquadra a maioria das empresas participantes do estudo, é obrigatória por lei a concessão do aviso prévio, nos casos de demissão.
Para evitar possíveis processos trabalhistas, mais da metade dos entrevistados disse que sua empresa aplicava uma política formal e escrita de indenizações por desligamentos.
Sobre o estudo
O estudo realizado pela Right Management verificou as práticas de idenização por demissão em 28 países, entre eles Brasil, Argentina, México, Canadá, Estados Unidos, França, Portugal e Espanha.
Para compor a pesquisa, foram entrevistados 1,5 mil profissionais subdivididos nas seguintes áreas: científica e serviços de saúde (158 ); manufatureiro (356); financeiro e securitário (165) e antendimento à saúde e assistência social (127).