Profissionais “bonzinhos” dificilmente viram líderes, dizem especialistas

A promoção não vem porque a empresa pode acreditar que este profissional será facilmente manipulado

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – “Fulano é tão bonzinho!”. É fácil identificar este tipo: geralmente, são pessoas que fazem de tudo para agradar, se desdobram em mil para tentar resolver os problemas de todos e passam bem longe de discussões e confrontos. Se na vida pessoal elas podem ser prejudicados, na profissional a situação não é diferente.

No ambiente corporativo, quem possui estas características tem o crescimento na carreira atrasado. Mas não adianta culpar os outros por isso. A “culpa” provavelmente é da própria pessoa.

“Como o profissional sente dificuldade de dizer ‘não’, de tomar decisão e de ir contra algumas coisas, ele passa a imagem de ser uma pessoa insegura. Com isso, dificilmente, ele se tornará um líder”, afirma a consultora de Planejamento de Carreira da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Karla Mara Alves de Oliveira.

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A especialista acrescenta que a promoção não vem porque a empresa pode acreditar que este profissional será facilmente manipulado, seja pelos seus colegas ou pela sua própria equipe. “Ele não consegue ser firme. Além disso, pode deixar os colaboradores fazerem tudo que quiserem”.

Foco no trabalho
A mesma opinião é compartilhada pela headhunter da De Bernt Entschev Human Capital, Mirna Pereto. Para a especialista, quanto mais alto o cargo, mais “nãos” serão necessários.“Quanto mais você subir na escala hierárquica, mais “nãos” você terá que falar em prol do trabalho”.

Além disso, ela explica que o profissional bonzinho geralmente perde o foco do trabalho, porque interrompe as suas atividades para atender qualquer chamado, prejudicando a si mesmo, por não finalizar o que precisa, e a empresa que contava com aquela atividade.

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Mas para Mirna, quem se encaixa neste perfil só deve mudar se achar necessário, ou seja, não adianta o colega, chefe ou alguém próximo querer que a pessoa mude seu comportamento. “Ela deve procurar mudar se achar que está sendo prejudicada”.