Procura por engenharia civil dobrou na Fuvest 2009; saiba mais sobre a carreira

Forte aquecimento da economia nos últimos anos e crescimento das obras de infraestrutura no País explicam movimento

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O volume de inscrições no vestibular da Fuvest 2009 para o curso de engenharia civil cresceu. Na Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, o número de interessados no curso dobrou, em relação aos anos anteriores, com 20,14 candidatos por vaga.

De acordo com o coordenador da graduação da EESC-USP, Maximiliano Malite, o forte aquecimento da economia nos últimos anos e o crescimento das obras de infraestrutura no País são os responsáveis pelo aumento no número de jovens interessados na área.

Sobre o mercado

O coordenador da Fuvest em São Carlos e presidente da Comissão de Pesquisa da Escola de Engenharia de São Carlos, Paulo Seleguim Jr., explica que o mercado para os engenheiros civis está bastante aquecido, mas principalmente para os profissionais com uma formação diferenciada.

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“Além da graduação em uma universidade renomada, é preciso saber inglês e espanhol, se especializar, por meio de mestrado, doutorado, MBA ou pós-graduação lato sensu, e ter experiência, que pode ser adquirida ainda durante a faculdade, por meio de estágios e da participação em projetos de pesquisa e desenvolvimento, muitas vezes realizados pelas universidades em parceria com empresas”, explica Seleguim.

“Hoje os engenheiros civis formados nas melhores universidades já saem com emprego, mas as melhores empresas são muito disputadas”, acrescenta.

Ele explica que é interessante, inclusive, se especializar em áreas como finanças ou marketing, que, em um primeiro momento, parecem não ter muito a ver com um curso técnico como o de engenharia civil. Ao entender de outras áreas, fica mais fácil para o engenheiro trabalhar em instituições financeiras ou até mesmo chegar a um cargo executivo. “A especialização aumenta o nível de empregabilidade”.

A crise e a oferta de empregos

Questionado sobre se a crise irá afetar a oferta de vagas de emprego na área de engenharia civil, Seleguim respondeu que isso irá depender da intensidade e da duração da crise. “A demanda por engenheiros não é influenciada por uma crise de um ano, tanto que a procura pela engenharia civil só cresceu após três anos de muito investimento em infraestrutura. Agora, se a crise durar mais de dois anos, o impacto no mercado de trabalho pode ser forte”, finalizou ele.

É importante enfatizar, todavia, que sempre haverá mais espaço para quem não se acomoda, está sempre se aprimorando profissionalmente e cultiva sua rede de relacionamentos.