Problemas pessoais: como não prejudicar o trabalho e preservar o emprego?

Divórcio, doença na família, morte de alguém próximo. Como levar a vida profissional mesmo enfrentando problemas graves?

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – “As crises pessoais sempre mexem com as pessoas. E não tem como separar o emocional do profissional”, garante a psicóloga e consultora de planejamento de carreira da Manager, Juliana Barros. “Se a pessoa passa por uma perda na família, não tem como esconder. É melhor compartilhar o problema com o grupo, pois, certamente, a equipe irá colaborar. Receber apoio é muito importante”.

Problemas conjugais, divórcio, doença na família, morte de alguém próximo. Dá para manter o foco no trabalho quando se enfrenta problemas graves? A consultora explica que sim, mas lembra que cada um reage de uma maneira.

Enquanto para alguns o trabalho passa a ser um conforto, pois faz com que a mente se mantenha ocupada e longe da tristeza, outros não conseguem deixar de refletir sobre o problema e acabam se prejudicando, por conta da falta de maturidade.

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“Por exemplo, discutir questões pessoais por telefone e em voz alta interfere no ambiente de trabalho. Esse descontrole acarreta uma imagem negativa ao profissional perante os gestores. Também existe aquele tipo de pessoa que acaba só falando nisso, o dia inteiro. Nesses casos, recomendo o afastamento”.

Não se exponha

A dica mais importante é: preserve-se. “Não comente com todo mundo como está sofrendo. Ninguém precisa saber que seu casamento não vai bem, que seu namorado ou namorada terminou com você, ou que está com uma dívida impossível de pagar no banco. Reclamar o dia inteiro e chorar em público são sinais de descontrole emocional”, adverte a psicóloga.

“Se o profissional perde alguém da família, ele deve avisar o que aconteceu aos colegas com o objetivo de receber apoio, não somente pessoal como também no trabalho. Nessa situação delicada, é importante dosar: há pessoas que se esforçam ao máximo para esconder o que sentem, e há aqueles que se expõem em demasia, atrapalhando, inclusive, o desempenho dos colegas. O certo é encontrar um equilíbrio”.

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Procure ajuda

Começar um tratamento com um psicólogo ou terapeuta também é indicado a quem não consegue se reerguer. Geralmente, o departamento de recursos humanos cumpre seu papel de conversar com colaboradores que passam por situações difíceis e até mesmo podem indicar um psicólogo.

O afastamento também é indicado há quem, após cerca de dois meses, não tiver recuperado o ritmo de trabalho. Existem duas hipóteses: a demissão voluntária ou uma alternativa buscada pela empresa, como as férias. Isso deve ser negociado. Certamente, alguns dias de licença não farão mal, pois o descanso pode ajudar o profissional a melhorar o desempenho.

A negociação transparente também é a melhor saída a quem tem um membro da família doente e precisa ir periodicamente ao hospital. “Na hora de negociar, dê uma solução. Por exemplo, diga que, quando for ao hospital, irá levar o laptop e entregar o trabalho mesmo assim, ou que irá compensar as horas perdidas. Não ache que é obrigação da empresa resolver seus problemas”, aconselha a consultora.