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SÃO PAULO – Muitas empresas não fazem a “lição de casa” de colocar no anúncio das vagas qual será o salário oferecido. Pelo contrário, elas pedem para que os candidatos indiquem qual é a pretensão salarial. Neste momento, todo o cuidado é pouco para não ser eliminado na seleção por currículo. “Se for muito alta, a pessoa pode ser desclassificada. Se for muito baixa, o selecionador pode duvidar das potencialidades do candidato”, disse o coordenador de pesquisas e remuneração do Grupo Catho, Mário Fagundes.
Diante disso, fica a dúvida sobre o que colocar no currículo, para não perder oportunidades. Segundo Fagundes, para não errar, o profissional pode fazer uma variação. “Identifique alguma pesquisa de mercado para balizar qual o melhor valor. Coloque um mínimo e um máximo, sendo que o mínimo pode ser o último salário que recebeu”, afirmou.
Existem algumas fontes que o profissional pode procurar para saber qual o salário do cargo que deseja ocupar. Dentre elas, estão empresas do mesmo ramo pelo qual está interessado, profissionais que ocupam a posição, revistas e livros específicos e anúncios de emprego. Algumas consultorias em carreira oferecem esse tipo de serviço. Os sites dos sindicatos da categoria mostram o piso salarial.
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Processo seletivo
No processo de recrutamento, a primeira etapa é a de divulgação da vaga, quando a empresa já deve ter idéia do salário a pedir. Neste caso, deve-se colocar o valor mínimo e o máximo no currículo. Quando chegar a etapa das entrevistas e dinâmicas, o ideal é adiar a questão até que tenha forças para negociar. “Não discuta num primeiro momento sobre o salário. Antes, torne-se atrativo para a empresa”.
Para sair da situação de ser perguntado sobre a pretensão salarial, Fagundes indica ao profissional que diga que prefere não dizer um valor específico e que possui interesse na posição, mas acredita que será feita uma boa oferta. Outra maneira de responder à questão é dizer que gostaria de discutir as expectativas, quando houver interesse mútuo na contratação.
Também é importante ressaltar que o salário não é o mais importante no momento da contratação, mas, sim, quais serão as atividades realizadas e as oportunidades de crescimento dentro da empresa.
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Negociação
De acordo com Faguntes, o profissional não deve discutir sobre o salário nas seguintes situações:
- Até conseguir que o conheçam bem e que conheçam o melhor de você, de forma a constatarem como se sobressai entre outros candidatos;
- Até conseguir conhecê-los bem, o mais profundamente que possa, de maneira a poder perceber quando estiverem definidos em uma questão, ou quando poderiam se tornar flexíveis;
- Até ter uma noção exata do trabalho;
- Até ter tido a chance de descobrir o quanto você se encaixa nos requisitos do trabalho;
- Até chegar o final da entrevista;
- Até ter decidido: “eu realmente quero trabalhar aqui”;
- Até terem dito: “queremos você” ou “precisamos ter você conosco”.