Preocupação com a opinião alheia pode comprometer o QI de profissionais, diz estudo

Pesquisa revela que colaboradores que se acham menos inteligentes que os demais podem apresentar alterações negativas de QI

Eliane Quinalia

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SÃO PAULO – Os profissionais que se sentem inseguros quanto à própria performance na presença de outros colaboradores da mesma empresa, por vezes imaginando até ser menos inteligentes que os demais colegas de trabalho, podem realmente apresentar variações nada positivas de QI (Quociente de Inteligência). A informação foi recentemente divulgada pelo Virginia Tech Carilion School of Medicine and Research Institute e faz parte de uma pesquisa acadêmica.

De acordo com o autor do estudo, Kenneth T. Kishida, essa conclusão somente foi possível após uma análise das pessoas estudadas. Ao que parece, 70 pessoas que apresentaram elevados índices de QI foram divididas em 14 grupos e, posteriormente, cada participante teve de responder a 92 questões.

“Enquanto eram submetidas a exames de ressonância magnética, duas pessoas de cada grupo eram informadas de seu desempenho com relação aos demais. As que tinham tiveram uma performance inferior à dos demais colegas apresentaram um resultado pior [do exame]”, diz Kishida.

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Medo e ansiedade
E não pense que tal redução de QI não teria explicação, afinal, de acordo com a análise, uma importante área no cérebro pode ser a responsável por tal queda: a amídala cerebral.

“Durante o experimento, notamos que a amídala [região responsável pela agressividade, impulsos sexuais e alguns aspectos da memória] foi ativada”, diz Kishida.

Atualmente, os pesquisadores acreditam que a amídala seja ativada por situações emocionais como aquelas que induzem ao medo e à ansiedade. “Esse fato explicaria, inclusive, a alteração de QI dos profissionais, ao serem comparados com outros grupos”, avalia.

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As mulheres sentem mais
E quando o assunto é a alteração, a percepção dos estudiosos é que as mulheres sejam mais afetadas que os homens. De acordo com o estudo apresentado, por exemplo, das 14 pessoas que apresentaram um baixo desempenho, 11 delas eram do sexo feminino.

“A hipótese é que as mulheres estejam mais adaptadas em promover e perceber o desempenho do grupo e, por isso, sejam mais sensíveis aos diferentes tipos de sinais sociais”, diz Kishida, que acredita que as pessoas do sexo feminino costumem ser mais transparentes em demonstrar o que estão sentindo ou pensando.