Precisa produzir mais? Nem sempre o cafezinho pode ser a melhor solução

Estimulantes podem reduzir a atenção e até causar um overworking, se utilizados em excesso

Eliane Quinalia

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SÃO PAULO – Poucos sabem, mas o uso de alimentos e demais substâncias estimulantes podem comprometer, e muito, o desempenho no trabalho. Por isso, se você não consegue passar o dia sem cafeína, chocolate, tabaco ou energéticos, é bom repensar na maneira como vem conduzindo sua vida até aqui.

“As pessoas pensam que, ao consumir certos estimulantes, elas passarão a produzir mais no trabalho ou mesmo que terão seu desempenho melhorado e isso é um grande engano”, alerta a nutricionista, farmacêutica e bioquímica, Andrea Veronezzi.

Segundo ela, os estimulantes, tais como os refrigerantes a base de cola, os chás (preto, verde e mate), o pó de guaraná, a pimenta e o gengibre – além dos itens já citados anteriormente -, apenas servem para deixar a pessoa em estado de alerta. “O profissional fica alerta, mas não tem seu raciocício melhorado. Pelo contrário, em altas doses, isso pode ser até prejudicial para sua saúde e desempenho”, alerta.

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Os riscos
O fato é que o consumo exagerado de estimulantes ou mesmo a ingestão por um longo prazo destas substâncias pode afetar o desempenho dos profissionais e também a saúde deles de diversas maneiras.

Segundo Andrea, por exemplo, o primeiro risco diz respeito ao vício. “A cafeína pode viciar e causar alterações no sistema nervoso, hipertensão, estresse, desidratação, gastrite e refluxo”, alerta.

E a substância pode ser mais agravante para quem já tiver um histórico de doenças na família.

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Contudo, vale lembrar que o consumo esporádico não costuma ser prejudicial à saúde, mas sim o frequente. “Quantidades adequadas e associadas à uma boa alimentação são permitidas”, explica a nutricionista.

Overworking
Mas e se a pessoa não consegue entender os próprios limites e exagera com frequências nas doses, o que fazer? “Neste caso, é bom que ela saiba que as chances dela sofrer um overworking são maiores, afinal, o corpo precisa descansar diariamente”, informa Andrea.

Ao utilizar tais substâncias, o indivíduo acaba estressando o organismo, que não descansa nunca. Com isso, o corpo acumula estresse e cansaço e, em um momento oportuno, o organismo certamente sofrerá um efeito rebote e apagará por horas.

Outras consequências
O cafezinho também pode causar outros danos à saúde. Segundo a nutricionista, este assim como outros estimulantes podem elevar o nível de cortisol, o que, no longo prazo, pode causar baixas de serotonina, aumento de peso, perda de massa muscular e até a osteoporose.

“Quando o cortisol fica alto demais, ele influencia na serotonina do indivíduo e as pessoas com altas taxas de cortisol normalmente sofrem de insônia”, explica Andrea.

Tratamento
A parte boa é que para tudo existe um tratamento. A primeira dica da profissional, para quem quiser evitar certos riscos, é reduzir o consumo de tais estimulantes no trabalho. Já a segunda consiste em adotar um estilo de vida e uma alimentação mais saudáveis, o que inclui exercícios na própria rotina.