Pós ou segunda graduação: o que pesa mais para o mercado de trabalho?

Especialistas consultadas concordam que peso dependerá da área de atuação do profissional

Camila F. de Mendonça

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SÃO PAULO – A fase depois da formatura da faculdade é repleta de dúvidas. E aquelas sobre os melhores caminhos para alavancar a carreira são as mais constantes. Muitos já emendam uma pós. Outros, porém, preferem pensar nisso depois e escolhem cursar uma segunda graduação. Aqueles que estiverem entre uma dessas opções e têm a intenção de melhorar o currículo, porém, devem ficar atentos não só aos seus desejos, mas ao que pesa mais para o mercado de trabalho.

Para a consultora da Cia de Talentos Fernanda Montero, escolher entre uma pós e uma segunda graduação é uma questão difícil e que depende de diversos fatores. “Essa escolha vai depender do foco da carreira da pessoa”, afirma. “O importante, dependendo da carreira, é que tanto um como outro complementem a formação do profissional”, diz.

Já a gerente de Treinamento do Nube, Carmen Alonso, é enfática. “De uma maneira geral, a pós-graduação confere um diferencial maior para o mercado que a segunda graduação”, afirma. O importante, para ela, é que o estudante mantenha a coerência na hora de escolher uma especialização.

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Pós ou segunda graduação?
Para cursar uma pós, alguns requisitos são necessários e o principal deles é saber exatamente o foco que o estudante quer dar para a sua carreira. Para isso, é preciso ter atuado, ainda que de maneira restrita, na área de formação. Para Fernanda, experiências durante a vida acadêmica contam muito e ajudam na hora da escolha.

A consultora acredita que o estudante precisa pensar que uma pós ou mesmo uma segunda graduação deve ter um sentido de complementação da formação. Para Fernanda, em áreas por si só já muito específicas, como as várias modalidades de engenharias, ou mesmo áreas de tecnologia, uma segunda graduação pode ser um grande diferencial.

Já para cursos mais gerais, como Direito e Administração, uma pós-graduação tem um peso muito maior no currículo. O importante, segundo a especialista, é não parar na graduação. “Ter uma graduação já deixou de ser um diferencial no mercado”, reforça.

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Para Carmen, contudo, tanto uma pós como uma segunda graduação complementam a formação, sendo que a pós, na sua avaliação, faz mais diferença. Isso mostra que o mercado está buscando mais profissionais especialistas? “Ele tem de ter especialidade, mas tem de ter uma visão generalista também”, reforça.

Equilíbrio na hora da escolha
As especialistas consultadas concordam que qualquer decisão a ser tomada para definir a escolha requer uma análise da área de atuação, da empresa e dos desejos do recém-formado. “É preciso haver um equilíbrio”, ressalta Carmen. Ela reforça que qualquer escolha envolverá investimento de tempo e dinheiro em maior ou menor grau.

Por isso, avalie todas as variáveis, pois de nada adianta considerar apenas as necessidades da empresa na hora de escolher o que vai fazer depois da formatura. “O conhecimento é um capital pessoal. Independentemente da empresa, o estudante tem de ver quais são as possibilidades de ele aproveitar o conhecimento que ele vai adquirir para a carreira dele”, reforça a gerente.