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SÃO PAULO – Durante a realização de uma reunião extraordinária, o presidente da empresa informa para toda a equipe que a companhia passou por um longo processo de negociação e que, em pouco tempo, irá se fundir com o principal concorrente.
Diante disso, o receio de perder o emprego e de ter de lidar com novos procedimentos e pessoas passa a fazer parte do cotidiano dos membros da equipe. Mas quem será que está mais preparado para a mudança?
O diretor gerente do banco Itaú, Marcos Aurélio Reitano, afirmou que os profissionais mais jovens lidam melhor nos processos de fusões e aquisições, por não terem muito a perder, uma vez que estão em início de carreira. Logo, tendem a ser mais receptivos às oportunidades que as mudanças acarretariam na vida profissional.
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“Pessoas maduras consolidaram mais o sucesso, seja ele qual for, e portanto tendem a resistir mais às mudanças”, explica Reitano, que falou durante o CONARH (Congresso Nacional de Recursos Humanos).
Competitividade
Apesar do processo de fusão ou aquisição, a rivalidade entre as empresas pode não terminar. Segundo Reitano, a competitividade passa a ser interna.
“A partir do momento em que se fundem, as culturas continuam iguais e rivais, ou seja, não é porque acontece uma fusão entre concorrentes que a rivalidade deixa de existir. É como se existisse uma inércia cultural, que continua mantendo as mesmas características que as empresas tinham antes de se fundirem”.
Reitano complementa ressaltando que, nos estágios iniciais da integração, a competição entre as pessoas tende a se intensificar, já que cada uma das culturas quer se sobrepor à outra.
Fusão x Aquisição
Na opinião de Reitano, os processos de fusão podem ser considerados menos traumáticos do que os de aquisição. No processo de fusão, há a pretensão de aproveitar o melhor de cada cultura para construir uma cultura melhor do que as das empresas originais.
“Mas o resultado final dificilmente será uma participação igualitária das duas culturas, o que pode levar à compreensão de que houve uma cultura mais vencedora do que a outra. Há, inclusive, quem não acredite em fusões, e sim em processos de aquisição disfarçados de fusão”, finaliza Reitano.