Por que o CFO ganhou importância na crise?

O CFO é peça estratégica: suas capacidades de análise e gerenciamento de risco juntas ajudam as empresas a planejarem melhor os próximos passos

Equipe InfoMoney

(Getty Images)

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Pergunta do leitor: “Por que o CFO ganhou importância na crise?”

Resposta de Luís Giolo*:

“A pandemia do novo coronavírus, assim como outras crises no passado, levaram as empresas a fazerem um diagnóstico interno, revisarem processos e concentrarem esforços em controlar e reduzir custos. O objetivo é ganhar eficiência e atravessar este período da maneira mais sustentável possível – e de preferência sem deixar de lucrar.

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Neste cenário, o Diretor Financeiro ou Chief Financial Officer (CFO) é o protagonista. Ao lado do Presidente – ou Chief Executive Officer (CEO) – lidera todo o processo que ajudará a empresa a navegar por águas mais tranquilas durante a tempestade. É esta, aliás, uma das principais características de um CFO de sucesso: atuar como o parceiro estratégico do CEO.

Além disso, cabe ao líder da área financeira responder pelos subsistemas clássicos como: contabilidade, tesouraria, planejamento financeiro & análise, orçamento, controle de despesas, projeções, impostos e também relatórios financeiros, controles internos e relação com investidores. Esse escopo que pode ser mais restrito ou mais amplo a depender da empresa em questão.

Protagonismo na crise

Em tempos de crise, o “básico” normalmente não resolve. É preciso ir além, experimentar, ousar fazer diferente.

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Imagine uma empresa com necessidade de cortar custos de forma ágil. A solução mais rápida e simples seria dispensar parte do time, o que se provaria pouco efetivo e sustentável a longo prazo. Um líder financeiro atento enxergaria soluções menos convencionais, como reduzir gastos com marketing e logística.

Em crises, o CFO surge como um agente transformador e estratégico, crítico para quase todas as organizações. A mistura das habilidades de análise e gerenciamento de risco ajuda as empresas a planejarem melhor os próximos passos, o que é fundamental em momentos como este.

Se em tempos normais uma das prioridades do CFO é ser o parceiro estratégico do CEO para definir as oportunidades de crescimento da empresa, em momentos de incerteza é ainda mais urgente que essa relação de troca se faça presente para que todas as áreas da empresa estejam alinhadas com o plano estratégico.

Assim, toda e qualquer ação a ser tomada terá o apoio das diversas equipes e poderá ser implementada de maneira mais suave.

Visão holística

Atualmente é quase imperativo que o CFO enxergue o negócio de forma holística para identificar oportunidades de crescimento – e até possíveis cortes e redução de custos – na empresa como um todo. Isso traz agilidade no resultado e torna o negócio mais sustentável do ponto de vista econômico e operacional.

E a tecnologia é ferramenta essencial para facilitar todo esse processo. Não à toa, CFOs da chamada nova economia já adotaram a inteligência analítica e big data como aliados e agentes de influência na definição da estratégia de negócios nos mais diferentes setores.

Assim, seja qual for a solução para esta ou aquela empresa, em um momento em que tudo está mudando não é possível permanecer preso ao passado ou aos planos definidos em outra realidade econômica.

O CFO tem a missão de fazer o diagnóstico da empresa e sugerir soluções rápidas e, principalmente, efetivas para manter o negócio saudável”.

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*Luís Giolo lidera a prática de tecnologia e comunicações da Egon Zehnder para a América Latina, consultoria de recrutamento especializada em C-Level. Ele administra projetos de busca de executivos, sobretudo para cargos em conselhos de administração, presidência, direção geral e de marketing. Giolo possui bacharelado em administração pela FGV, MBA pela Kellogg School of Management, da Northwestern University, dos EUA, além de mestrado executivo em consultoria e coaching para mudanças pelo Insead.

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