Por que as empresas recorrem ao intraempreendedorismo?

Profissionais com essa característica são indivíduos "rebeldes" na essência, que não se satisfazem com o mundo como é

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SÃO PAULO – As empresas estão apostando cada vez mais em funcionários que tenham atitude e comportamento de liderança, agindo como empreendedores e buscando o sucesso da companhia.

A procura por esses profissionais abriu espaço para os intraempreendedores, indivíduos “rebeldes” na essência, que não se satisfazem com o mundo como é, por isso estão sempre buscando soluções e inovações.

Não é à toa que, com o ritmo frenético das companhias, os profissionais acabam por se dividir em funcionários multi-tarefas e acabam por não conseguir desempenhar a função que mais desejam.

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“Quando escolhemos fazer as coisas para que fomos fabricados é muito mais fácil se tornar empreendedor”, afirma o responsável pelo Centro de Empreendedorismo do Ibmec, Marcelo Salim.

Ok, mas e o intraempreendedorismo?
O empreendedorismo começa na curiosidade, de fazer aquilo que não vinha sendo feito. Este profissional empreendedor irá pensar e analisar o que está acontecendo dentro da empresa.

“Os intraempreendedores já estão dentro de um empreendimento, portanto visam inovar e melhor aquilo que já existe. Muitos acabam criando novas unidades de negócios”, explica Salim.

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Segundo o especialista, esse profissional irá “colocar as pessoas certas nos lugares certos”. Trata-se de uma remodelação do que já existia, porém, utilizando as peças certas.

Talentos
As empresas costumam se valer dos tradicionais treinamentos como forma de preencher uma lacuna explorada de maneira ineficaz por um funcionário. Este é um erro muito comum, já que a solução para o problema pode ser encontrada no intraempreendedorismo.

“Quando descobrimos um ponto fraco em um funcionário, logo o encaminhamos a um processo de treinamento. Por que não incentivá-lo a aperfeiçoar aquilo que ele já faz de bom?”, avalia Salim.

Na avaliação de Salim, a ideia é pegar esse profissional (indicado para o treinamento) e botá-lo para trabalhar com um outro funcionário especialista naquela função. O que irá acontecer? Ambos aumentarão a produtividade e a capacidade de inovar, preceitos básicos do intraempreendedorismo.

“É importante deixar um indivíduo [intraempreendedor] como esse na empresa, já que ele pensa sempre a frente do seu tempo. Dessa forma, muitas questões serão resolvidas”.

Como funciona no Brasil?
O Brasil ainda não engrossou na lista dos países que visam o intraempreendedorismo como forma de suplantar os problemas. De fato, muitas companhias nacionais não são inovadoras. 

“Existe muita coisa ainda para ser feita, pois nossa cultura é ultrapassada. Quando uma coisa dá errado, você reclama e não põe a mão na massa”.

O empreendedor, defende Salim, não foca apenas no dinheiro, mas sim na realização e construção do novo. Ele quer transformar o impossível no inevitável.