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SÃO PAULO – O poder de compra da classe média paulistana diminuiu 0,40% no terceiro mês do ano, de acordo com o ICVM (Índice de Custo de Vida da Classe Média), medido pela Ordem dos Economistas do Brasil e Fecomercio-SP e divulgado nesta quinta-feira (9).
No segundo mês de 2009, o poder de compra havia caído menos, 0,24%. Já o acumulado dos últimos 12 meses, no mês passado, apresentou alta: de 6,37% em fevereiro para 6,54% em março. No primeiro trimestre do ano, o percentual atingiu 1,23%.
Despesas da classe média
No terceiro mês do ano, dos sete grupos de despesas analisados, todos registraram inflação em relação a janeiro, porém dois, Transportes e Educação, ficaram próximos da estabilidade.
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Os principais vilões da alta de 0,40% no custo de vida em março foram os grupos alimentação, com avanço de 1,05%, e vestuário, com alta de 0,60%. No primeiro, a principal contribuição para o acréscimo foi do subgrupo Alimentos in Natura, que passou de 2,87% em fevereiro para 6,25% em março, com elevações nas verduras (14,85%), ovos (8,27%), legumes (6,32%) e frutas (5,74%).
Em vestuário, o destaque foi o item joia, com alta de 7,68%. Os preços das roupas femininas, infantis e masculinas, por conta do término das promoções, também apresentaram alta, no mês analisado, de 0,68%, 0,62% e 0,47%, respectivamente.
Confira abaixo quais foram as variações mensais de preços registradas em março:
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Grupo | Taxa |
Alimentação | 1,05% |
Habitação | 0,24% |
Transportes | 0,07% |
Despesas Pessoais | 0,60% |
Vestuário | 0,60% |
Saúde | 0,23% |
Educação | 0,06% |
Geral | 0,40% |
Fonte: Ordem dos Economistas do Brasil
Pesquisa
Desde junho de 1981, a Ordem calcula mensalmente o custo de vida da classe média no município de São Paulo, tendo como base as despesas das famílias com renda mensal na faixa de 6 a 33 salários mínimos. A partir de julho de 1994, foi adotado novo critério, com mudança da faixa de renda de 10 a 40 mínimos.
No entanto, desde outubro do ano passado, a estrutura de ponderação dos bens e serviços que compõem o índice foi atualizada, de acordo com os dados da POF (Pesquisa de Orçamento Familiar) do ano de 1998/1999. A nova cesta de consumo é representativa para as classes que recebem entre 5 e 15 salários mínimos, com uma renda média de R$ 4.150.
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O cálculo leva em consideração os preços médios do mês atual comparados com os valores médios do mês imediatamente anterior. Portanto, ele não retrata a variação de preços do primeiro ao último dia útil do mês.