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SÃO PAULO – O poder de compra da classe média paulistana diminuiu 0,24% no segundo mês do ano, de acordo com o ICVM (Índice de Custo de Vida da Classe Média), medido pela Ordem dos Economistas do Brasil e divulgado nesta terça-feira (10).
No primeiro mês de 2009, o poder de compra havia caído mais, 0,58%. Já o acumulado dos últimos 12 meses, no mês passado, apresentou alta: de 6,25% em janeiro para 6,37% em fevereiro.
Despesas da classe média
No segundo mês do ano, dos sete grupos de despesa analisados, seis registraram inflação em relação a janeiro, mas a maioria em proporção menor do que a de um mês antes, o que fez com que o índice geral de inflação desacelerasse.
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Os principais vilões da alta de 0,24% no custo de vida em fevereiro foram os grupos alimentação, com avanço de 0,62%, e habitação, com alta de 0,38%. Por outro lado, o grupo educação, que em janeiro foi o principal responsável pelo avanço do índice, registrou, no mês passado, a maior desaceleração nos preços passando de 6,35%, nos primeiros 31 dias de 2009, para 0,07% em fevereiro. O motivo seria o fim da influência das matrículas e mensalidades escolares.
Confira abaixo quais foram as variações mensais de preços registradas em fevereiro:
Grupo | Taxa |
Alimentação | 0,62% |
Habitação | 0,38% |
Transportes | 0,03% |
Despesas Pessoais | 0,10% |
Vestuário | -0,63% |
Saúde | 0,21% |
Educação | 0,07% |
Geral | 0,24% |
Fonte: Ordem dos Economistas do Brasil
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Pesquisa
Desde junho de 1981, a Ordem calcula mensalmente o custo de vida da classe média no município de São Paulo, tendo como base as despesas das famílias com renda mensal na faixa de 6 a 33 salários mínimos. A partir de julho de 1994, foi adotado novo critério, com mudança da faixa de renda de 10 a 40 mínimos.
No entanto, desde outubro do ano passado, a estrutura de ponderação dos bens e serviços que compõem o índice foi atualizada, de acordo com os dados da POF (Pesquisa de Orçamento Familiar) do ano de 1998/1999. A nova cesta de consumo é representativa para as classes que recebem entre 5 e 15 salários mínimos, com uma renda média de R$ 4.150.
O cálculo leva em consideração os preços médios do mês atual comparados com os valores médios do mês imediatamente anterior. Portanto, ele não retrata a variação de preços do primeiro ao último dia útil do mês.