Poder de compra da classe média paulistana cai 0,30% em julho

Taxa é maior do que a registrada em junho, quando foi de 0,11%; grupo Alimentação puxou a alta de preços

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SÃO PAULO – O poder de compra da classe média paulistana diminuiu 0,30% no sétimo mês do ano, de acordo com o ICVM (Índice de Custo de Vida da Classe Média), medido pela Ordem dos Economistas do Brasil e Fecomercio-SP e divulgado nesta segunda-feira (10).

No sexto mês de 2009, o poder de compra havia caído menos, 0,11%. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice foi de 4,16% e, passados sete meses do ano, de 2,24%.

Despesas da classe média

No sétimo mês do ano, dos sete grupos de despesas analisados, apenas Despesas Pessoais (-0,15%) e Vestuário (-0,76%) registraram quedas de preços, influenciados pela redução dos preços das viagens de excursão (-2,30%) e pelas promoções de inverno das lojas de roupa e calçados.

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O destaque de alta ficou com Alimentação, grupo que subiu 0,91% em julho. De acordo com o estudo, as altas dos produtos industrializados (0,47%) e semi-elaborados (1,49%), por conta notadamente dos aumentos do leite longa vida (4,56%) e do feijão (7,21%), puxaram o aumento deste grupo.

Confira abaixo quais foram as variações mensais de preços registradas em julho:

Grupo Taxa
Alimentação 0,91%
Saúde 0,79%
Habitação 0,26%
Transportes 0,25%
Educação 0,18%
Despesas Pessoais -0,15%
Vestuário -0,76%
Geral 0,30%

Fonte: Ordem dos Economistas do Brasil/
Fecomercio-SP

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Pesquisa

Desde junho de 1981, a Ordem dos Economistas do Brasil calcula mensalmente o custo de vida da classe média no município de São Paulo, tendo como base as despesas das famílias com renda mensal na faixa de 6 a 33 salários mínimos. A partir de julho de 1994, foi adotado novo critério, com mudança da faixa de renda de 10 a 40 mínimos.

No entanto, desde outubro do ano passado, a estrutura de ponderação dos bens e serviços que compõem o índice foi atualizada, de acordo com os dados da POF (Pesquisa de Orçamento Familiar) do ano de 1998/1999. A nova cesta de consumo é representativa para as classes que recebem entre 5 e 15 salários mínimos, com uma renda média de R$ 4.150.

O cálculo leva em consideração os preços médios do mês atual comparados com os valores médios do mês imediatamente anterior. Portanto, ele não retrata a variação de preços do primeiro ao último dia útil do mês.