Plano de carreira: como encarar o fato de não ter atingido um objetivo?

Para especialistas, o profissional deve considerar os imprevistos e ir ajustando o plano de acordo com os acontecimentos

Viviam Klanfer Nunes

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SÃO PAULO – Para os profissionais que não elaboraram um plano de carreira, não faz muito sentido analisar se os objetivos e as metas foram alcançados. Mas, para aqueles que fizeram, como encarar o fato de um objetivo não ter sido atingido?

Embora o plano de carreira seja essencial para uma trajetória de sucesso, há diversos imprevistos no meio do caminho que podem desviar seu percurso. Esses imprevistos, que podem ser de diversas naturezas, como o atrito com o chefe ou uma crise econômica nacional, podem mesmo fazer com que as metas estabelecidas não sejam atingidas. E é justamente por isso que eles devem ser considerados no plano de carreira.

Ao considerar os imprevistos, o profissional tem melhores condições de lidar com o fato de não ter conquistado sua meta. De acordo com a diretora da divisão Outplacement & Career Planning da Career Center, Claudia Monari, quando o profissional não consegue atingir uma meta, por conta de alguma interferência externa, a dica é reajustar o plano e voltar rapidamente a sua rota.

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Na prática, se o profissional tinha estabelecido que em dois anos seria gerente, mas no meio do caminho, por conta de corte nos custos, a empresa desliga esse profissional, ele deve reajustar seu plano, aumentando o prazo para atingir tal meta, por exemplo. “O principal erro é engessar o plano de carreira”, diz a consultora em Transição de Carreira, da De Bernt Entschev Human Capital, Leandra Cortelleti.

Flexibilidade
Como é muito provável que ao longo de uma carreira aconteçam imprevistos, o profissional não deve pensar em seguir a risca o plano de carreira que elaborou. Ele deve estar sempre analisando a dinâmica do mercado, observando as oportunidades e ir ajustando seu plano à medida que novos elementos forem conhecidos.

O plano de carreira é útil para dar uma visão estratégica da carreira, definindo metas e objetivos que se deseja atingir, porém, o “como” chegar até lá pode mudar muito. Por exemplo, você quer ser gerente, e insiste que essa posição seja atingida na empresa que trabalha atualmente. Caso a empresa não tenha muitas oportunidades, será pouco provável que você alcance a meta.

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Isso quer dizer que, ao analisar a situação atual e ao observar que a empresa não te dará essa posição, pense no objetivo maior que é ser gerente e reajuste seu plano considerando outras empresas.

O plano deve ser revisto de tempos em tempo, principalmente, quando algum evento externo acontece. Mas se mesmo com tais revisões o profissional chegar no prazo estabelecido sem ter atingido determinado objetivo, é o momento de analisar o que deu errado e tomar algumas decisões.

Decidir, por exemplo, se quer ficar na empresa ou procurar outra oportunidade. Essa mudança implica em assumir riscos, pois nada garante que na outra empresa será diferente, mas faz mais sentido do que se acomodar em um lugar que não oferece perspectivas e não te ajudará a conquistar suas metas.

Os planos de carreiras são muito úteis na trajetória profissional, porém, é preciso considerar que ele deve ser flexível e que a carreira do profissional está nas mãos dele e não da empresa. Se seu trabalho atual não oferece o que você procura, a postura correta é buscar um lugar que ofereça e não culpar a empresa. “As pessoas devem ser mais responsáveis por suas carreiras”, finaliza Leandra.