Piercings e tatuagens: será que eles ainda atrapalham?

Segundo especialista, "mercado está se atualizando, mas dependendo da cultura da empresa, a pessoa pode ter algum tipo de dificuldade"

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SÃO PAULO – O uso de piercings e tatuagens era algo abominável no ambiente de trabalho até o final da década de noventa. Entretanto, apesar do uso cada vez maior de tais adereços, engana-se quem pensa que eles não atrapalham mais, segundo alertam especialistas.

“O mercado está se atualizando, mas dependendo da cultura da empresa, a pessoa pode ter algum tipo de dificuldade”, avalia a gerente de Projeto da Foco Talentos, Fábia Barros.

Áreas
De modo geral, os setores jurídico, financeiro e de saúde são os que possuem maiores ressalvas com o uso de piercings, tatuagens e outros modismos como alargadores, dreads, unhas e cabelos pintados de cores extravagantes.

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Por outro lado, de acordo com  o gerente de Serviços do Monster Brasil, Herbert Patrício Franco, os adereços são mais tolerados em áreas que não requerem contato direto com o público. Como exemplo, ele cita o mercado de TI (Tecnologia da Informação).

“A maior parte das empresas quer uma aparência mais “clean”. Contudo, em algumas áreas, há uma maior aceitação, como naquelas em que não há tanto contato direto com o público”, diz.

Na entrevista
No que diz respeito à entrevista, ambos os especialistas sugerem que o candidato pense bem antes de seguir no processo seletivo e siga sempre o caminho da sinceridade.

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“Se a pessoa usa piercing, tatuagem e isso, de alguma forma, faz parte da personalidade dela, ela deve reavaliar se vale a pena continuar ou se candidatar a um processo seletivo de uma empresa mais formal, pois pode haver um conflito de valores”, diz Fábia.

No mais, aconselha ela, o candidato pode perguntar sobre a vestimenta da empresa e, dependendo do caso, se estiver muito interessado pela vaga e tiver uma tatuagem, por exemplo, que não possa ser escondida o tempo todo – como um desenho grande no braço que não possa ficar escondido no verão – é melhor avisar sobre a tatuagem se ela não foi vista pelo recrutador no momento da seleção.

Mentir?
Os especialistas ainda acrescentam que a mentira deve ser evitada em todo o caso. Isso porque, explica Franco, caso seja contratada, a pessoa pode sofrer alguma discriminação velada e ser dispensada antes do término do período de experiência.

“Ninguém pode ser dispensado por conta de uma tatuagem, mas, de forma disfarçada, isso acontece e é muito difícil de provar. Também vale lembrar, que, atualmente, as redes sociais fazem parte do processo seletivo, ou seja, algumas coisas podem ser percebidas e desmentidas por meio delas”.