Petrobras pode gastar quase R$ 5 bilhões para diminuir número de empregados

Isso pelo fato de que cada indenização aos 8.000 funcionários deverá ser, em média, entre R$ 180 mil e R$ 600 mil

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – O PIDV (Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário) da Petrobras (PETR3; PETR4) pode custar até R$ 4,8 bilhões para a empresa, noticiou a Agência Estado nesta quarta-feira (22). Na melhor das hipóteses, o plano custara cerca de R$ 1,4 bilhão para a empresa. 

Isso pelo fato de que cada indenização aos 8.000 funcionários deverá ser, em média, entre R$ 180 mil e R$ 600 mil. Alguns deles podem receber até mais do que esse teto, a depender da importância do funcionário para a Petrobras – há cinco tipos de funcionários “alvo” desse programa. 

A primeira é a categoria A, para os funcionários de “Alta Complexidade e Alta Importância”, enquanto a categoria E é definida como “Continuidade Operacional”. Trabalhadores das categorias A, B e E poderão ficar na empresa até 24 meses após a adesão ao programa de desligamento voluntário. 

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O programa chama a atenção pelo provável enxugamento de 10% de seu quadro de funcionários, desligando principalmente funcionários mais velhos – com mais de 55 anos de idade e que podem se aposentar. Esse movimento foi feito para o “alcance das metas de desempenho do Plano de Negócios e Gestão”. 

Com os preços controlados pelo governo, a Petrobras não consegue reajustar a gasolina e diesel sem o aval de Brasília – e por conta da política de importação para suprir a demanda interna, continua perdendo dinheiro ao importar mais caro do que vende internamente. Essa política de preços do governo gerou um déficit comercial de mais de R$ 50 bilhões em 2013, uma espetacular quantia que poderia colaborar para o aumento de produção se fosse investido, que, por sua vez, reduziria o déficit da empresa. 

Se as mãos estão atadas em relação ao preço, Graça ainda controla outra variável importante – os custos, tidos por Jorge Paulo Lemann, homem mais rico do Brasil, como o “único fator que você realmente controla em um negócio”. Significa então que a Petrobras finalmente entendeu que é necessária a importância de uma boa gestão? Talvez. “É nessa linha, é um programa de revisão de custos, a Graça Foster está passando uma mensagem para o mercado ‘gente, eu sou séria'”, afirma Pedro Galdi, analista-chefe da SLW Corretora.

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