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SÃO PAULO – Pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência, em parceria com o Instituto Ethos, revela que, em 2007, as mulheres ocupavam 11,5% dos cargos de primeiro escalão nas empresas brasileiras. Em 2005, a proporção era de 10,6% e, em 2003, de 9%.
De acordo com o condutor do estudo, Helio Gastaldi, que também é diretor de atendimento e planejamento do Ibope Inteligência, existe a necessidade de as empresas reverem a eficácia das ações empregadas, já que não estão surtindo efeitos significativos. “A maior parte das empresas não faz este esforço e mesmo aquelas que o fazem não conseguem traduzir isso em resultados efetivos”.
Esta é a terceira edição da pesquisa “Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 Maiores Empresas do Brasil e Suas Ações Afirmativas”.
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Quadro de funcionários
Quando analisados outros níveis hierárquicos, ainda é possível observar que as mulheres são minoria. Em 2003, elas representavam 35% entre todos os funcionários de uma empresa, proporção que caiu para 32,6% em 2005.
No ano passado, por sua vez, elas conseguiram recuperar a marca que possuíam em 2003. Para Gastaldi, o cenário pode prejudicar o desempenho das empresas, já que a realidade é de um mundo globalizado, que pressupõe a adaptação das empresas às diferenças.
“Num país heterogêneo como o Brasil, a uniformidade destas empresas reduz a capacidade delas em se relacionarem com os diferentes públicos existentes aqui”.
Opinião dos presidentes
De acordo com os dados, quando questionados sobre o que acham da proporção de mulheres no quadro executivo, 59% dos presidentes das companhias entrevistadas disseram ser “não adequada”. Outros 39% responderam o contrário.
Em relação ao quadro de funcionários, por sua vez, a situação se reverte: 75% dos presidentes acham “adequada” a proporção de mulheres entre os colaboradores e 23%, “não adequada”.
Análise racial
A pesquisa ainda constatou a pequena presença de negros entre as grandes empresas brasileiras. Eles são 3,5% entre os executivos e 25,1% do quadro funcional.
A maioria dos presidentes (62%) acredita que a quantidade de pessoas da raça negra no quadro executivo não é adequada, mas 64% deles disseram ser adequada a proporção no quadro funcional.