Pesquisa revela que Brasil é grande exportador de profissionais de TI

Empresas dos EUA e Europa têm recrutado profissionais de fora, na área de TI, e o Brasil tem sido uma das fontes

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Pesquisa encomendada pela empresa de treinamento e certificação em TI, Grupo Impacta Tecnologia, para a Mayer&Bunge Informática, mostrou que aumentou o movimento de contratação de profissionais brasileiros especializados em TI (tecnologia da informação) por empresas do exterior.

O levantamento, que traz um comparativo entre 2003 e 2009, foi realizado por meio de cem entrevistas junto a cem empresas de médio e grande porte, escolhidas aleatoriamente.

Os dados mostraram que, durante o período analisado, subiu de 23% para 53% o número de pessoas que conhece um profissional que foi trabalhar fora do Brasil. Entre os que foram contratados por uma empresa estrangeira, 26% foram procurados por headhunters ou empresas de recrutamento e 21%, pelas próprias companhias. Apenas 20% enviaram currículos.

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Localidades

Dentre os profissionais que foram para fora do País, metade deles foi para os Estados Unidos e 18%, para o Canadá. A Espanha ficou com 12% do total.

De acordo com o diretor da MonsterBrasil.com, Rodolfo Ohl, empresas dos EUA e da Europa têm recrutado profissionais de fora e o Brasil tem sido uma das fontes. “Recentemente, tivemos o anúncio de uma vaga para a Microsoft para desenvolvedor de software para trabalhar na Irlanda”, exemplificou.

Das empresas que contrataram profissionais de fora de seus países, 17% estimam que os funcionários retornarão em até três anos, e o mesmo percentual crê em um prazo de dez anos.

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Decisão

A pesquisa ainda detectou o que leva os profissionais brasileiros a querer trabalhar fora do País. Em 2003, a realização de estudos era o principal item, seguido da possibilidade de ganhos maiores. Já este ano a situação se inverteu, com a remuneração superior em primeiro lugar, seguida de oportunidade de crescimento.

Apesar do crescimento no número de pessoas que conhecem profissionais de TI que foram trabalhar no exterior, também há uma alta naqueles que negaram um convite de ir para fora do Brasil: de 3% para 11%, entre 2003 e 2009.

No Brasil

Além de analisar o mercado de trabalho no exterior, para os profissionais de TI, a pesquisa também verificou como andam as coisas no Brasil. O resultado foi que metade dos profissionais está se mantendo menos tempo nas empresas, de um a três anos, no máximo. Em 2003, a proporção de profissionais com até três anos de casa era de 21%.

Com relação à forma de contratação no Brasil, 64% das empresas seguem indicação, enquanto 49% buscam em sites especializados. Grande parte (93%) das companhias não busca alguém de fora do País.

“Essa pesquisa demonstra claramente o potencial do Brasil enquanto exportador de mão-de-obra especializada em TI e também a capacidade do País, ainda pouco explorada, de formar novos profissionais do segmento”, avaliou o presidente do Grupo Impacta Tecnologia, Célio Antunes.