Pesquisa revela que 81% dos executivos brasileiros têm automóvel como benefício

O percentual é o maior considerando os países do continente americano, de acordo com pesquisa da Mercer

Camila F. de Mendonça

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SÃO PAULO – Ter um carro como benefício dentro da empresa é uma política forte de atração e retenção de altos executivos. Pesquisa realizada pela Mercer constata que 81% das empresas multinacionais do Brasil oferecem o benefício aos seus líderes, executivos e gestores.

O percentual é o maior considerando os países do continente americano. Honduras registrou o menor percentual de predominância do benefício de carro, de 37%.

O Brasil também lidera na região quando se trata de subsídios para automóvel – ao invés de a empresa fornecer um carro, a empresa paga uma quantia em dinheiro para subsidiar despesas relativas a transporte. Os líderes recebem US$ 35 mil por ano. No continente americano, apenas as empresas do Brasil, Canadá, Chile, México e Estados Unidos oferecem o subsídio. O menor valor foi verificado no México, de US$ 6.693.

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A Mercer ainda constatou que a maioria das organizações que fornece o subsídio para carro também cobre os custos de manutenção, tributos e seguro dos carros de empresa.

Outros países
Em outros continentes, líderes, executivos e gestores também contam com um carro como benefício. Na Ásia-Pacífico, o Paquistão tem a maior preponderância, com 90%. A Coreia do Sul (81%), Nova Zelândia (77%) e Tailândia (72%) também têm altos percentuais de empresas que fornecem o benefício.

Nos países desse continente, as multinacionais levam em conta o prestígio e o nível do profissional para conceder o benefício. Para executivos e gestores, o veículo pode ser utilizado tanto para fins profissionais como para fins pessoais.

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A pesquisa também mostra que nos países da Ásia-Pacífico é comum conceder subsídios para carros, além de outros benefícios adicionais relativos a automóveis.

Em países europeus, africanos e do Oriente Médio, os executivos também contam com o benefício de carro. Nas regiões, 100% das organizações da Eslovênia concedem o benefício. O menor percentual foi verificado no Catar, onde 45% das organizações fornecem um automóvel aos seus líderes, executivos e gestores.

Considerando os subsídios, assim como nas outras regiões, eles variam de acordo com o nível do profissional. Na Alemanha, por exemplo, líderes de organização recebem em torno de US$ 58 mil por ano em subsídios. Suécia e Ucrânia são os países que pagam menos, US$ 8.628 e US$ 2.874, na ordem.

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Mudanças nas políticas
A pesquisa constatou que as multinacionais estão mudando a política de concessão do benefício de carro, devido ao declínio da economia e do baixo crescimento das receitas corporativas.

“Fornecer automóvel de empresa para uso comercial e como parte do pacote de benefícios para empregados-chave tem sido um privilégio de executivos há muito tempo”, afirmou, por meio de nota, o chefe de negócio de consultoria, David Wreford.

Ele explica, contudo, que a economia não está favorecendo a continuidade da concessão desses benefícios. “As multinacionais têm reavaliado suas políticas de automóveis, juntamente com outros benefícios, continuando a esforçar-se para administrar custos”, reforçou.