Pesquisa: multinacionais dos EUA barram aumento de salários em todo o mundo

"Filiais brasileiras têm sido impactadas mesmo quando os objetivos são atingidos", diz líder da Hewitt Associates

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Um estudo realizado em novembro do ano passado pela empresa de outsourcing e consultoria de recursos humanos Hewitt Associates mostrou que as multinacionais norte-americanas, influenciadas pelo novo cenário mundial, iriam reduzir os aumentos salariais globais fora do país. A previsão se materializou ao longo dos últimos meses.

Dentre as empresas que planejavam ou que já haviam reduzido os orçamentos de aumentos salariais para 2009, projetava-se uma redução média de 28%. Quase metade dessas empresas está fazendo essas reduções globalmente.

Adicionalmente, quase metade das empresas também informava um declínio nos pagamentos de remuneração variável, com reduções de 10% ou mais nos gastos com esse tipo de benefício.

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Custos

De acordo com a líder da área de Remuneração e Recompensas da Hewitt Associates, Iarema Oliveira, o gerenciamento apropriado dos custos globais de remuneração passou a ser crucial para a redução de custos destas corporações.

Ela afirmou que a situação não é diferente no Brasil, pois as grandes empresas globais sempre serviram como parâmetro superior de remuneração por aqui. “Quando a maioria das grandes empresas dos Estados Unidos reduz salários para segurar seus custos, é natural que as empresas que atuam no Brasil sintam um reflexo direto dessas reduções”, afirmou.

“As filiais brasileiras de multinacionais têm sido impactadas mesmo quando os objetivos de negócio são atingidos”, completou.

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Empresas

Confira abaixo o que as multinacionais norte-americanas estão fazendo para gerenciar proativamente seus custos de remuneração globais na economia atual, que está em mudança: