Pesquisa: mercado aumenta em 86% o número de vagas para deficientes em 2011

Levantamento considerou período acumulado de janeiro a outubro deste ano; postos de trabalho somam 20.180 mil

Eliane Quinalia

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SÃO PAULO – As oportunidades profissionais para portadores de deficiências praticamente dobraram em 2011, na comparação com os dez primeiros meses do ano ano anterior. De acordo com um recente levantamento do site de carreira Vagas.com.br, apenas no período acumulado de janeiro a outubro, por exemplo, foram registradas a abertura de 20.180 mil postos de trabalho no País – o que representa um aumento de 86% em relação ao ano anterior.

“As oportunidades para esse público aumentaram muito nos últimos meses. Verificamos que as empresas têm criado mais postos de trabalho aumentando a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho”, conta o gerente de marketing e vendas da Vagas Tecnologia, Luís Testa.

Entre os meses avaliados, o de setembro e outubro foram os que mais se destacaram, apresentando respectivamente, 6.515 e 2.328 novas vagas. Já os que tiveram a maior baixa de oportunidades, segundo o levantamento, foram os meses de abril (841) e março (983).

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A relação completa com todos os meses pode ser observada na talea à seguir:

Evolução mensal das vagas para PCDs
Meses 2010 2011
Janeiro 687 1010
Fevereiro 570 1512
Março 750 983
Abril 1110 841
Maio 850 1793
Junho 967 1638
Julho 1036 1529
Agosto 711 2031
Setembro 2708 6515
Outubro 1461 2328

Deficiência
Segundo a pesquisa, que considerou as vagas oferecidas por mais de 1.500 empresas, bem como o perfil de 25 mil candidatos cadastrados no portal, o perfil dos usuários cadastrados no portal – hoje estimado em 25 mil currículos – é composto, em sua maioria, por deficientes físicos, auditivos, visuais e mentais.

Em números gerais, a divisão ficou em aproximadamente 50% de deficientes físicos (12,5 mil); 21,7% de auditivos (5,4 mil) e 17% de pessoas com problemas visuais (4 mil). “Os usuários que referem algum tipo de deficiência mental, no entanto, somaram apenas 8,5% do total de cadastrados – o equivalente a 2,1 mil inscritos”, detalha o estudo.

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Perfil diferenciado
Outro item importante e também indicado pelo levantamento abordou o grau de escolaridade, que não apenas se tornou uma exigência constante do mercado de trabalho, mas passou a ser indispensável também para todos os trabalhadores interessados em competir profissionalmente.

Para se ter uma ideia, neste quesito, cerca de 6,2% dos cadastrados no portal informaram ter o ensino superior completo, sendo o percentual daqueles que informaram ainda estar cursando o mesmo, de 21,5%.

Já em relação aos que alegaram já ter concluído o ensino médio, o valor foi ainda maior: de 34,3,%, sendo de 31,4%, o percentual de pessoas que informaram ainda estudar para a conclusão dos estudos.