Pesquisa diz que 83,2% dos executivos têm objeção à contratação de fumantes

Resultados apontam que o índice de rejeição de presidentes e diretores a fumantes cresce, com o passar do tempo

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A maioria dos presidente e diretores de empresas têm alguma objeção à contratação de profissionais fumantes. Esse é o caso de 83,2% dos respondentes. Desse total, 51,3% têm muita restrição, ao passo que 31,9% têm pouca.

Já entre gerentes e supervisores, a rejeição é de 47,9%. Os resultados integram a pesquisa sobre Contratação, Demissão e Carreira dos Executivos Brasileiros, realizada pela Catho Online.

“Acredito que estes dados poderão ajudar os profissionais a repensarem sua qualidade de vida. Pois, além de outros estudos que comprovam que o cigarro é maléfico à saúde, que já faziam com que algumas pessoas refletissem sobre o vício, agora temos esta restrição na hora de conseguir um emprego, que é um fator importante para que cada um reavalie sua carreira profissional”, avalia o diretor de Marketing da Catho Online, Adriano Meirinho, responsável pela pesquisa.

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Rejeição crescente

Os dados se referem a este ano. Mas o estudo é realizado com frequência e os resultados apontam que o índice de rejeição a fumantes entre presidentes e diretores cresce, com o passar do tempo. Para se ter uma ideia, em 2001, era de 50,9%, caiu para 44,1% em 2003, mas retomou o crescimento em 2005 (48,2%) e em 2007 (48,4%).

É interessante observar que, na mesma proporção com que cresce a rejeição, diminui o número de fumantes, ao longo dos anos. Atualmente, 11,9% dos profissionais têm o hábito de fumar. Em 1997, esse percentual era de 19,7%. Confira na tabela percentual de fumantes nas pesquisas anteriores e compare com os índices atuais:

1997 2003 2007 2009
Fumante 19,5% 15,4% 13,4% 11,9%
Não fumante 80,4% 84,6% 86,7% 88,1%

Curioso é que, embora sejam os que mais rejeitam os fumantes, os presidentes das empresas são justamente os que mais cultivam esse hábito, respondendo por 18,5% do universo de fumantes nas empresas; seguidos pelos consultores independentes (17,7%); diretores (14,1%); coordenadores, supervisores e chefes (13,5%); profissionais em cargos operacionais (11,5%); e consultores de empresas de consultoria (11,5%). Outras categorias aparecem com percentuais menores.