Pesquisa da Universidade de Harvard mostra que líder que pune se prejudica

"A punição pode levar a uma vingança, com efeito destrutivo para todos os envolvidos", diz um dos pesquisadores

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Estudo realizado pela Universidade de Harvard revela que não é apenas a pessoa punida que é prejudicada com a atitude: num ambiente de trabalho, o líder que costuma punir está fadado ao fracasso, o que significa que o comportamento não traz benefícios a nenhuma das partes.

Os 104 participantes do estudo foram submetidos ao jogo de videogame Dilema do Prisioneiro, que capta as tensões existentes entre os interesses individuais e do grupo. “Vencedores não punem”, disse o co-autor, David G. Rand. “A punição pode levar a uma vingança, com efeito destrutivo para todos os envolvidos”.

“Punição Onerosa” foi o tipo de comportamento detectado, que se refere a uma situação em que o líder se dispõe a pagar um preço para punir o próximo.

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Punição

O jogo inclui punição ao lado de itens como cooperação e defesa. Pares de estudantes jogaram repetidas vezes, para que a punição e a recepção dela pudessem ser analisadas. O resultado foi que os cinco primeiros colocados não usaram punições onerosas. Já aqueles que a usaram, tiveram pior desempenho. Além disso, a punição onerosa não deu mais retorno ao grupo.

O estudo concluiu, então, que a punição não é uma medida efetiva para promover a cooperação, mas um resultado da necessidade de estabelecer uma hierarquia dominadora e defender o posto de liderança. “É uma forma de forçar a outra pessoa a fazer o que quer”, disse outra co-autora, Anna Dreber.

Nos jogos de cooperação, a punição onerosa é um comportamento autodestrutivo e prejudicial ao grupo.

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Mensagem

Ainda de acordo com Anna, a pesquisa tem uma mensagem positiva: em um ambiente competitivo, os vencedores são aqueles que resistem à tentação de agravar conflitos, enquanto os perdedores punem e, assim, extinguem-se!