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SÃO PAULO – Já virou um disco quebrado, que insiste em tocar o mesmo refrão: o discurso da falta de mão-de-obra qualificada é propagado pelo Brasil na mesma medida em que a economia cresce. É também neste contexto que as pessoas dizem que é importante, para as empresas, investir em seus profissionais.
Elas até investem nos funcionários, mas muito pouco. De acordo com um estudo da consultoria Sextante Brasil, apenas 0,18% do faturamento líquido de uma organização é direcionado ao desenvolvimento ou treinamento de seus colaboradores. A pesquisa analisou uma amostra de 105 empresas, de 12 ramos de atividades diferentes, as quais, juntas, representam 27% do PIB brasileiro.
Quadro desfavorável às próprias empresas
Reclamar do apagão de talentos, sem fazer absolutamente nada a respeito, não é sinal de comodidade por parte dos empresários? O diretor de Projetos da Manager, Vladimir Araújo, explica que, no passado, quando o País passou por crises econômicas, muitos bons profissionais perderam seus empregos.
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“Depois, quando a economia se recuperou, as empresas identificaram a necessidade de reter os melhores talentos, uma vez que o mercado havia se tornado mais competitivo. Mas, como não tinham se preocupado em formar internamente seus talentos, começaram a exigir muito na seleção”, afirma.
Investimento x resultados
Na opinião de Elka Sofia Justino, gerente de Recursos Humanos da Johnson Diversey, indústria química especializada em produtos de limpeza, isso acontece porque mensurar o retorno dos investimentos no desenvolvimento de pessoas é uma dificuldade comum entre profissionais de RH.
“Apenas 1% do faturamento total da Johnson Diversey é investido atualmente em capacitação. Este número aumentou na comparação com 2007, mas ainda é pouco”, admite.
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Mas para a palestrante e consultora da Sextante, Andréa Valente Rocha, saber medir o retorno dos investimentos é fundamental para o crescimento da empresa. “A partir destes resultados, são avaliados os próximos passos, que irão definir o futuro do negócio”, esclarece ela.