Pesquisa: 68% dos estagiários trabalham fora da área escolhida na faculdade

Estudo da Page Talent revela que maioria dos estudantes exerce atividades que não condizem com a graduação escolhida

Eliane Quinalia

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SÃO PAULO – A maioria dos estagiários das empresas brasileiras atua em cargos incompatíveis com a graduação que eles escolheram. De acordo com um estudo da Page Talent, realizado no início de novembro, 68% dos estudantes entrevistados afirmaram não trabalhar na área em que deveriam, mas demonstram interesse particular por tal atuação.

A pesquisa, que contou com 500 respostas, considerou ainda a opinião dos estudantes que não atuam na área e que também não têm interesse em mudar de segmento.

Neste quesito, apenas 3% deles demonstraram interesse em manter as atividades na empresa em que atuam, bem como na graduação que realizam, enquanto 2% dos consultados afirmaram que gostariam de fazer outro curso superior, em função do trabalho.

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“Muitas vezes, os conceitos aprendidos na universidade estão um pouco distantes do que se espera do estagiário, principalmente em um primeiro momento. Contudo, isso não significa que ele não possa vir a colocar em prática seu conhecimento em um futuro próximo”, diz a gerente da Page Talent no Brasil, Manoela Costa.

Para ela, em casos como este, o estagiário deve avaliar se a área em que está inserido atualmente pode ser promissora ou não.

Mudança de perfil
Com o aumento dos programas de estágio oferecidos pelas empresas e com o aquecimento das contratações de jovens talentos, o mercado de trabalho passou a oferecer mais oportunidades, mas também uma diversidade de tarefas que passaram a ser avaliadas cuidadosamente pelos estagiários.

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Não é à toa, por exemplo, que a expectativa dos candidatos quantos às atividades a serem exercidas em uma companhia sejam cada vez mais altas, afinal, tudo o que eles não esperam é estagnação.

“Com a nova Lei do Estágio, as empresas são obrigadas a emitir relatórios a cada seis meses. Por isso, o ideal é que algumas avaliações periódicas sejam realizadas, para ajudar o gestor a minimizar a ansiedade do estagiário e entender se ele está ou não satisfeito com o que executa atualmente”, explica Manoela.