Perseguição: como lidar com um colega que se sente perseguido no trabalho?

Acusado deve conversar com colega que se sente oprimido; se conversa não surtir efeito, deve-se buscar a liderança

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SÃO PAULO – Muito se fala da perseguição no ambiente de trabalho sob a ótica de quem se sente oprimido. Entretanto, muitas vezes, essa perseguição não passa de fantasia, mas acaba se tornando um problema real para quem está sendo acusado de perseguir. E é neste contexto que se encaixa a pergunta: como lidar com um colega que se sente perseguido no ambiente de trabalho?

De acordo com o coach da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Jonas Tokarski, se a pessoa apenas desconfia de que o colega está se sentindo perseguido por ela, o melhor a fazer é ficar quieto e continuar agindo naturalmente.

Entretanto, diz ele, se o colega chegar a acusar o profissional de perseguição, algumas medidas devem ser tomadas. Primeiramente, aconselha o especialista, o acusado deve conversar com o colega que está se sentindo oprimido, tentando investigar o que o faz se sentir assim e colocando o seu ponto de vista sobre o assunto.

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Caso a conversa não surta efeito, Tokarski orienta o profissional acusado injustamente a procurar a liderança ou o RH (Recursos Humanos) da empresa.

“Às vezes, as pessoas estão falando de outras coisas, mas uma risada, um gesto, pode fazer com que alguém acredite que os outros estão falando dela (…) Se alguém é acusado injustamente de perseguir um colega no ambiente de trabalho, para não se prejudicar, e depois de conversar com a pessoa, vale procurar a liderança e expor a situação, pedindo que o líder converse com o profissional que está se sentindo oprimido”.

Real ou imaginária?
No que diz respeito ao profissional que se sente perseguindo no ambiente de trabalho, a professora de gestão de carreiras do Ibmec-RJ e sócia-diretora da Yluminarh, Ylana Miller, lembra que os profissionais devem sempre se policiar para não se vitimizarem, visto que tal atitude pode acabar impactando no desenvolvimento da carreira.

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Dessa forma, diz ela, antes de se deixar abater, o melhor é investigar se o sentimento de perseguição é real ou imaginário.

“Há pessoas que realmente passam por situações desagradáveis no ambiente de trabalho e são perseguidas, mas há aquelas que criam situações (…) Para ajudar a entender se o que está acontecendo é real ou fantasia, o profissional deve buscar a opinião de alguém que está de fora, como um coach, o RH da empresa e, em alguns casos, até a ajuda de um terapeuta”, diz Ylana.

Tal atitude, acredita ela, é importantíssima para que a pessoa não se prejudique no trabalho, já que, mesmo que a perseguição de fato não exista, o profissional pode ter o rendimento comprometido, promoções adiadas e até mesmo complicações de saúde.

“A pessoa fica com carreira paralisada, com medo de ousar”, finaliza.