Pequeno e médio comércio empregam média de 12 funcionários

Segundo Fecomercio, 66,6% destas empresas ainda preferem pagar salário fixo e 33,1%, comissões aos empregados

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (23) pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), o número médio de empregados nas pequenas e médias empresas aumentou de 9 para 12 no período de 2004 a 2007.

Com relação à forma de remuneração destas pessoas, a maior parte delas recebe salário fixo (66,6%), seguido pelos comissionados (33,1%) e aqueles que ganham fixo e comissões (22,2%).

A maioria (90,2%) dos empregados do comércio ainda tem escolaridade de nível médio ou técnico, enquanto os formados em faculdades são 7,6% e os que concluíram o ensino fundamental, 6,8%.

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Análise setorial

A média de funcionários no setor de bens não duráveis é maior do que a geral, com 13 empregados. Já os semiduráveis estão com 12 e o menor índice está no segmento de bens duráveis, com 9 trabalhadores na média.

Os setores de vestuário, calçados e supermercados foram os que mais contrataram no último ano: 3 funcionários em média, enquanto a média geral de contratações e demissões se estabilizou no último ano com 2 pessoas.

Caso haja desenvolvimento do comércio ou retração do segmento, o setor calçadista seria o que mais contrataria ou demitiria, com grande parte dos entrevistados que disseram que admitiriam ou dispensariam cinco ou mais pessoas, número muito acima da média geral de um ou dois funcionários.

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Cargos

A pesquisa ainda detectou que os homens são maioria nos cargos de gerência e supervisão, com 6,2% ante 5% das mulheres. Em contraposição, no departamento de vendas as mulheres são maioria: 37% contra 30,9% do público masculino.

Quanto à ocupação destes cargos, a maioria das empresas disse que não tem preconceito com relação às pessoas que estão à procura do primeiro emprego, com cerca de 35% delas com pelo menos um empregado nesta condição.

Problemas encontrados

A pesquisa registrou que há dificuldades do comerciante em encontrar pessoas preparadas para os cargos. Para o presidente da Fecomercio, Abram Szajman, a conclusão indica que é preciso reavaliar o sistema de ensino e pensar em formas alternativas de estimular o empregador a participar da formação de seus funcionários.

“A solução passa, certamente, pela análise do sistema educacional e de escolas profissionalizantes e também pelo estímulo que empregadores poderiam receber para treinar profissionais em áreas específicas”, disse o presidente.

Outro assunto abordado foi que apenas 14% das pequenas e médias empresas do comércio adotam a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), em virtude da falta de conhecimento dos comerciantes. Pela mesma razão, apenas 4% deles adotam a previdência privada para os funcionários.