Pela Copa, governo “finge que não vê” as irregularidades do Itaquerão

No final de semana, um operário de 23 anos caiu de uma altura de 9 metros e morreu ao montar as arquibancadas provisórias

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – Com pressa de terminar as obras por causa da Copa do Mundo, o governo está “fingindo que não vê” as irregularidades presentes no Itaquerão. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Luiz Antonio Medeiros, autoridade do Ministério do Trabalho em São Paulo, ele admitiu que as condições de trabalho ali são muito precárias.

No final de semana, um operário de 23 anos caiu de uma altura de 9 metros e morreu ao montar as arquibancadas provisórias. Medeiros, que chefiou a equipe de auditores que vê as condições, destacou que a pressa para terminar as obras existe e faz com que se ignore as irregularidades ali presentes. 

“Se esse estádio não fosse da Copa, os auditores teriam feito um auto de infração por trabalho precário e paralisado a obra. Estamos fazendo de conta que não vemos algumas coisas irregulares”, afirmou o superintendente na entrevista, concedida na quarta-feira.

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Ele destacou que avisou o ministro do trabalho, Manoel Dias, da situação – e que recebeu o respaldo dele para fingir que nada está acontecendo. O governo federal tem sido o mais otimista com as obras da Copa. 

Há muita pressão em relação a essa situação, depois das três mortes que lá ocorreram, o que fez a Fifa lamentar a falta de uma “margem de erro”. Mesmo com o “fingimento” a obra está embargada por cinco pedidos feitos para a Fast Engenharia, que monta as arquibancadas provisórias no Itaquerão.