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SÃO PAULO – O número de famílias paulistanas endividadas, com contas em atraso e sem condições de pagar os débitos é maior entre aquelas com renda superior a dez salários mínimos. Em junho deste ano, 29,4% delas afirmaram que não poderão honrar com o pagamento dos débitos no próximo mês.
Segundo a Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), divulgada pela Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), 35,3% dos entrevistados que recebem mais de dez mínimos disseram que vão pagar parte do débito e outros 35,3% deverão pagá-lo integralmente.
Considerando as famílias com as contas em atraso e que ganham até dez mínimos, 15,4% conseguirão honrar totalmente seus compromissos, enquanto 58,3% disseram que vão quitá-los parcialmente. Já 24% não terão condições de pagar nada.
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Do total de endividados inadimplentes, considerando todas as faixas de renda, 24,2% disseram que não terão condições de pagar as dívidas no próximo mês, outros 57,3% conseguirão pagar parte delas e 16,2% afirmaram que pagarão totalmente os débitos.
Endividados
A pesquisa mostra que, do total dos entrevistados, 8% disseram que estão muito endividados. Esse percentual é maior entre os que recebem até dez salários mínimos (8,2%) do que entre as famílias com renda superior a esse patamar (5,9%).
De modo geral, 14% dos entrevistados estão mais ou menos endividados e 26% estão pouco endividados. Em compensação, 50,6% das famílias não têm dívidas, sendo que, entre aquelas com renda de até dez salários mínimos, o número cai para 48,7% e, entre aquelas com renda superior a dez mínimos, sobe para 66,1%.
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Cartão de crédito lidera
Analisando os tipos de dívida, de maneira geral, o cartão de crédito lidera, com 79,7%* das respostas, seguido por carnês, 15% e crédito pessoal, 12,5%.
Considerando as faixas de renda, novamente o cartão de crédito aparece no topo da lista, sendo o principal tipo de dívida de 80% das famílias que ganham até 10 salários mínimos e de 76,5% das que têm renda acima deste valor.
Da mesma forma, o carnê endivida mais as famílias que recebem até 10 mínimos (15,7%) do que as que ganham acima disso (7,4%). Por fim, o crédito pessoal endivida mais os de renda maior, 13,6% do que os de renda até 10 mínimos, 12,4%.
* A pesquisa permite respostas múltiplas, por isso o percentual ultrapassa os 100%.