Participação das mulheres no mercado de trabalho atingiu 59% em 2009

Para o Dieese, a inserção das mulheres no mercado reflete ainda as funções sociais historicamente desempenhadas por elas

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – No Brasil, a taxa de participação das mulheres com 16 anos ou mais no mercado de trabalho atingiu 58,8% em 2009. O índice é inferior a dos homens da mesma faixa etária, cuja taxa chegou a 81,5%.

Já a taxa de inatividade das mulheres registrou 41,2%, enquanto a dos homens foi de apenas 18,5%. Os dados fazem parte do Anuário das Mulheres Brasileiras, divulgado nesta segunda-feira (4) pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos).

Para o Dieese, a inserção das mulheres no mercado de trabalho reflete ainda as funções sociais historicamente desempenhadas por elas, como o cuidado do lar e dos filhos.

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Setores que mais atuam
Apesar de as mulheres terem aumentado a sua participação no mercado de trabalho, as profissionais encontram ainda dificuldades de atuarem em outros setores com maior remuneração e menos precarizados.

Em 2009, as mulheres ocupadas foram a maioria nos setores relacionados aos serviços de cuidados, como educação, saúde e serviços sociais (16,7%), alojamento e alimentação (4,8%), além dos serviços domésticos, setor em que a proporção de mulheres ocupadas (17%) superou a de homens (7,8%).

Já em outras atividades industriais, construção e transporte, armazenagem e comunicação, a participação das mulheres é mínima, chegando a 0,3%, 0,5% e 1,5%, respectivamente. Entre os homens, os percentuais chegam a 1,3%, 12,6% e 7,2%, cada um.

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Educação
Em relação à educação, os dados revelam que as as mulheres ocupadas estudaram em média 8,7 anos, tempo superior à média de anos de estudo das mulheres da população total, que correspondiam a 6,3 anos em 2009. Já os homens ocupados estudaram em média 7,7 anos e a população total masculina, 5,9 anos.

Na população total, em quase todas as faixas etárias, a média de anos de estudos das mulheres é superior à dos homens, com exceção das mulheres com idade entre 60 e 64 anos e 65 anos ou mais. Este grupo de mulheres foi prejudicado pelas dificuldades de acesso à escola nas décadas anteriores à universalização do ensino.

Para a população ocupada, a média de anos de estudos das mulheres superou, em todas as faixas etárias, a dos homens.

Áreas que elas mais estudam
As mulheres além de mais escolarizadas do que os homens, são maioria nos cursos relacionados ao cuidado de pessoas. O percentual de mulheres que frequentam graduação presencial em cursos na área da Educação é de 22,6%, enquanto os homens são 11,4%. Também na Saúde, a proporção de mulheres, igualmente em cursos presenciais, é de 21,1% e a de homens, 10,3%.

Em contrapartida, é elevada a participação de homens nos cursos de áreas de Ciências, Matemática e Computação, com 12,2%, enquanto que as mulheres são 4,7%. Já os cursos da área de Engenharia, Produção e Construção atraem 11,7% de homens, contra 3,2% de mulheres.