Pagamento de dívidas será o destino do 13º de grande parte dos trabalhadores

Estudo revela que entrevistados usarão o salário adicional para cobrir cheque especial e saldar dívidas com cartão de crédito

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – A Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) divulgou, nesta terça-feira (07), pesquisa que revela que 63% das pessoas entrevistadas usarão o 13º salário para pagamento de dívidas já contraídas.

A maior parte dos consumidores entrevistados optará pela cobertura do cheque especial (33%) e de cartão de crédito (25%). Em seguida, está a regularização do nome (22%), dívidas com prestações em atraso no comércio (12%), financiamento bancário em atraso (5%) e dívidas diversas (3%).

A Anefac realizou entrevistas, entre os dias 23 e 31 de outubro, com 635 consumidores de todas as classes sociais.

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Compras de Natal

No entanto, as festas de final de ano também são o destino de grande parte do 13º dos trabalhadores pesquisados. Isso porque 15% deles pretendem gastar o salário para comprar os presentes.

Dentre os artigos a serem comprados, a opção da maioria dos consumidores ouvidos pela pesquisa é por brinquedos, com 85%. Bens diversos (84%), roupas (80%), eletroeletrônicos (77%) e celulares (68%) estão entre os artigos escolhidos para compra de presentes no Natal dos entrevistados.

Gastos e pagamentos

Dentre os destinos do 13º salários dos trabalhadores também estão a poupança para aplicação em despesas de início de ano (11%) e a reforma da casa (4%). Para estas despesas mais caras, 3% pretendem gastar mais de R$ 5.000, 8%, entre R$ 2.000 e R$ 5.000, e 18%, entre R$ 1.000 e R$ 2.000. Entre os entrevistados, a maior parcela (28%) pretende gastar entre R$ 200 e R$ 500.

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A maioria dos entrevistados optará por pagamento com recursos à vista (77%) – cheque ou cartão de débito -, o que indica que os trabalhadores não querem se endividar mais nem prolongar as dívidas. Em seguida, estão os pagamentos efetuados com cartão de crédito (75%) e cheques pré-datados (70%).

Recomendações

De acordo com a Anefac, o consumidor deve optar por destinar o 13º para pagamentos de dívidas em que os juros cobrados são mais altos. Neste momento, o ideal é regularizar outros débitos ou renegociá-los. Caso se queira adiantar o pagamento de parcelas de financiamento, o Código de Defesa do Consumidor permite que se desconte os juros embutidos.

Mesmo tendo de pagar as dívidas, não esqueça das despesas do início do ano, como IPTU, matrículas escolares e outros, e das compras de Natal. Caso você não tenha nenhuma dívida, opte por aplicar seu dinheiro em um fundo de renda fixa ou em cadernetas de poupança.