Os limites das salas de descompressão

Tendência nas empresas, o espaço destinado ao lazer e descanso dos funcionários também precisa de regras para não se tornar um problema para o empregador

Eliane Quinalia

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SÃO PAULO – Comuns em empresas de prestação de serviços, as salas de descompressão têm se mostrado um bom investimento aos empreendedores. O espaço destinado ao lazer e descanso dos funcionários pode trazer não apenas ganhos de saúde e bem-estar, mas também aumentar a produtividade dos profissionais.

Contudo, para garantir o retorno de tal investimento e evitar que este tipo de benefício se torne um problema para o empregador, é preciso estar atento aos limites de tais ambientes. Em outras palavras, estabelecer regras que definam o uso e o correto aproveitamento destas áreas.

Para a gerente da área de pesquisas corporativas da Hay Group, Caroline Marcom, a utilização dos espaços depende do bom senso de cada um e da política do local. “Nem sempre o que pode ser considerado uma bagunça para uma empresa também será para outra. Tudo dependerá da cultura e da política organizacional do empregador”, explica. “Existem salas em que as pessoas podem dormir em cadeiras. No Google, por exemplo, isto é aceito, diferente de uma empresa mais formal, que pode achar tal benefício inadequado”.

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Limites: pode ou não pode?
Uma dúvida recorrente entre os funcionários é o que pode e o que não pode fazer nas salas de compressão. Como o espaço é destinado a todos, o ideal é que os frequentadores optem pelo bom senso e lembrem-se de que, apesar de ser uma área destinada ao lazer e descanso, ela ainda faz parte do ambiente corporativo.

“O espaço não é apropriado para fofocas ou assuntos que não sejam adequados para o interior das companhias. Cabe ao executivo e ao departamento de gestão de pessoas deixar claras as regras de convivência, bem como os horários de uso, para evitar a formação de panelinhas e, consequentemente, a exclusão de outros profissionais”, diz Caroline.

Espaço de descanso e lazer
As salas podem ser equipadas com televisores, filmes, videogames, mesas de bilhar e cadeiras de descanso. Livros, revistas e outros recursos também costumam ser destinados a estes locais, para que os funcionários possam realizar atividades em seus momentos de pausa.

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“Possuímos em nossa infraestrutura salas de TV com acesso a canais a cabo, que também podem ser utilizadas para a divulgação de vídeos institucionais. No ambiente, estão integradas ainda máquinas de bebidas não alcoólicas, snacks e lanches rápidos”, conta o diretor de atendimento de Tecnologia e Operações da SulAmérica, Edison Kinoshita.

Na SulAmérica, por exemplo, não é incomum encontrar profissionais que se beneficiem de ações corporativas nestes espaços. “Também disponibilizamos serviços de shiatsu e realizamos ações como campanhas de vacinação”, informa Kinoshita.

Para Caroline, o ideal é também que as empresas utilizem as salas de descompressão para agregar valores aos funcionários. “Alguns espaços são utilizados pelos empregadores para apresentações musicais, shows, sessões de cinema e até a exibição de documentários. Com isso, a área não fica restrita apenas aos incentivos de relacionamento, mas serve de oportunidade para o desenvolvimento pessoal”, conclui.