Os dez piores presidentes da indústria automobilística

Entre os dez CEOs, três foram de General Motors, dois da Ford e dois da Chrysler

Juliana Américo Lourenço da Silva

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SÃO PAULO – O culto a grandes líderes e presidentes de empresas é comum e costuma fazer bem para a imagem da companhia. Porém, um erro pode colocar tudo por água abaixo, principalmente na indústria automobilística, pois erros de liderança podem tomar proporções enormes e desfalcar a montadora por anos. A CNN listou os dez piores presidentes do setor automobilístico que quase acabaram com suas empresas. Confira:

1- Henry Ford: o grande inventor, que liderou a Ford entre os anos 1903 a 1918 e 1943 a 1945, não acreditava em contadores, a ponto de nunca saber o que a empresa estava ganhando ou perdendo. Além disso, era teimoso e se recusou a fazer mudanças no estilo de alguns carros e acabou perdendo espaço para a General Motors.

2- K.T.Keller: o ex-presidente da Chrysler, no período entre 1935 e 1950, insistia em produzir veículos com teto alto para que as pessoas pudesse usa chapéu dentro deles. Apesar de criar carros práticos e funcionais, no quesito design, a montadora ficou por muito tempo atrasada em relação às concorrentes.

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3- Fred Donner: entre os anos de 1958 e 1967, o presidente da General Motors redirecionou a engenharia de produto da companhia para uma engenharia financeira. Seus contadores aterrorizaram a empresa com a nova política financeira.

4- John Z. DeLorean: o presidente da DeLorean Motor (período de 1975 a 1982) descobriu que é mais fácil ganhar dinheiro do que montar um carro. A sua busca por mais capital para investir na empresa acabou gerando uma operação do FBI (serviço secreto americano) e em 1982, foi acusado de contrabandear US$ 24 milhões em cocaína. Apesar de ter sido absolvido, a DeLorean Motor entrou em colapso e seu carro ficou conhecido graças ao filme “De volta para o futuro”.

5- Roger Smith: o presidente da General Motors entre 1981 e 1990 assumiu a empresa quando ela tinha 46% de participação no mercado automotivo, porém, quando saiu essa participação era de 35%. Nesse período, ele perdeu bilhões tentando implementar tecnologia de fábricas robotizadas, reorganização da produção, entre outras normas. O resultado disso foram carros de baixa qualidade e dívidas que levaram a GM à beira da falência em 1992.

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6- Bob Stempel: a presidente da General Motors (1990 a 1992) não consegui desfazer os erros do seu antecessor que quase levaram a companhia à falência. Quando finalmente desenvolveu um plano de reestruturação, falhou em executá-lo, perdendo a confiança do conselho administrativo.

7- Bob Eaton: o CEO da Chrysler entre 1993 e 1998 foi considerado um herói durante metade de seu mandato por conta da grande venda de caminhões leves, picapes, jipes e minivans. Porém , após a fusão com a Daimler, quando foi vice-presidente entre 1998 e 2000, Eaton deixou a empresa danificada, se aposentou prematuramente e foi morar na Flórida com um tesouro pessoal em ações.

8- Jürgen Schrempp: durante 1995 e 1998, o presidente da Daimler Benz estava construindo um império global, até decidir comprar a Chrysler por US$ 38 bilhões, no qual foi vice-presidente entre 1998 e 2000 e presidente entre 2000 e 2005. O grande erro de CEO era ser melhor em pensar em grandes projetos do que executá-los, o que o impediu de conseguir que americanos e alemães trabalhassem juntos.

9- Jac Nasser: o CEO da Ford entre 1999 e 2001, Nasser assumiu a liderança com o objetivo de revolucionar a montadora e defini-la como uma empresa de consumo. Porém, os grandes investimentos e os cortes de funcionários foram próximos da recessão que a economia iria sofre na época; a Ford demorou quase uma década para desconstruir os erros de sua gestão.

10- Henrik Fisker: o presidente da Fisker Automotive entre os anos de 2009 e 2012, que antes era designes de carros, tinha grandes planos para sua empresa e sonhava em produzir 100 mil carros por ano. Porém, desenvolver um carro bonito foi a parte mais fácil do trabalho, o difícil foi enfrentar os problemas técnicos e a falência de um de seus fornecedores.  O CEO acabou deixando o cargo em março de 2013 por conta de diferenças de estratégia com seus sucessores.

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